Lei Seca multa motoristas, mas ainda é lenta na hora de suspender CNHs. Menos de 10% dos condutores ficaram sem dirigir desde 2008

Publicado em 30/11/2012 às 23:00
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Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem   O fôlego da nova Lei Seca pernambucana é grande para fiscalizar e autuar os motoristas que ainda insistem em dirigir depois de beber, mas é fraco na hora de punir. Os ritmos são bem diferentes. A estrutura do governo do Estado para analisar as autuações e decidir se o condutor terá a permissão para dirigir suspensa por um ano ainda é insuficiente. Em média, um motorista notificado numa blitz da Lei Seca leva pelo menos dois anos para ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. Esse cenário já foi pior. Pernambuco chegou a levar três anos para concluir o processo de suspensão da permissão para dirigir. Houve uma ampliação de uma para três Juntas Administrativas de Recursos de Infração (Jaris) do Detran-PE, mas ainda é pouco. Os números mostram a ineficiência. Enquanto 21.692 motoristas foram autuados por alcoolemia em Pernambuco desde a criação da Lei Seca, em 2008, apenas 10% (2.051) dos condutores tiveram a CNH suspensa. Além de um efetivo pequeno, a lei prevê muitas fases de defesa para o condutor, o que retarda a análise. “Isso é um problema, por que passa a sensação de impunidade. Vamos continuar trabalhando junto ao governo do Estado para ampliar o efetivo e a quantidade de Jaris do Detran”, garantiu Antônio Figueira, coordenador da nova Lei Seca pernambucana.

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