Cena Política

As ausências de João Campos e o risco do folclore numa carreira política

João está na primeira década de sua carreira política. Alguém precisa orientá-lo a ficar mais no Recife.

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Igor Maciel

Publicado em 29/11/2022 às 7:00
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Quase ninguém prestava muita atenção à agenda de Bolsonaro (PL), até que ele perdeu a eleição, parou de trabalhar, e todo mundo passou a contar cada um de seus compromissos oficiais.

No Recife, quase ninguém prestava muita atenção na agenda de João Campos (PSB). Mas, com o tempo, percebeu-se que ele viaja demais e os compromissos fora do estado têm sido bem frequentes. Bolsonaro está em fim de mandato, mas João está na primeira metade.

Mesmo assim, o prefeito tem intercalado passagens pela cidade que governa, enquanto integra a comissão de transição de Lula em Brasília ou circula por São Paulo, onde mora a namorada.

Nos últimos dias, viajou para a Inglaterra participando de um curso pela Fundação Lemann, nada demais.

Porém, quando desembarcou de volta no Recife, avisou logo que estava saindo em recesso até o dia 4 de dezembro.

Mesmo com tudo justificado, chama atenção.

O risco para o socialista é virar folclore.

FHC (PSDB), quando presidente, viajava tanto que ganhou o apelido de “Viajando Henrique Cardoso”. Depois do apelido, por mais que ficasse no Brasil, a realidade já havia perdido para a piada. E isso não tem volta.

João está na primeira década de sua carreira política. Alguém precisa orientá-lo a ficar mais no Recife.

Porque o folclore pode ser implacável no médio e no longo prazo.

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