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CoronaVac: veja o passo a passo de nova etapa de pesquisa que investiga imunidade de longo prazo da vacina

Estudo se estende até meados do ano que vem, com ciclos trimestrais em outubro de 2021, janeiro e abril de 2022

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Cinthya Leite

Publicado em 10/08/2021 às 16:15
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Chega a uma nova etapa o Projeto S, ensaio clínico que investigou a efetividade da vacinação no controle da pandemia de covid-19 e na transmissão do coronavírus no município paulista de Serrana. A pesquisa, que foi iniciada no último 24 de julho, com a coleta de amostras de sangue dos voluntários, vai investigar a imunidade de longo prazo gerada pela CoronaVac. Ela se estenderá até meados do ano que vem com ciclos trimestrais em outubro de 2021, janeiro e abril de 2022.

É um longo processo, mas necessário, já que ainda não há certezas sobre a imunidade propiciada pelas vacinas no longo prazo. “A gente não tem consenso na literatura de como funciona o coronavírus, de quanto dura, se terá uma vacina todo ano, se não vai. Por isso, essa pesquisa é importante”, salienta o médico Gustavo Volpe, do Hospital Estadual de Serrana e investigador principal do novo ciclo do Projeto S.

Cada ciclo vai durar quatro dias e envolverá a coleta de sangue dos voluntários. Ao analisar as amostras, o Butantan poderá observar a evolução da resposta imune, especialmente na população idosa. O primeiro ciclo da pesquisa, iniciado agora, acontece três meses após a vacinação da população de Serrana. A imunização coletiva da primeira etapa do Projeto S mostrou que a CoronaVac tem efetividade de 80% contra casos sintomáticos, 86% contra internações e 95% contra mortes por covid-19.

“A gente relaciona imunidade com produção de anticorpo, mas a imunidade celular tem um papel importante na resposta ao coronavírus. Essa avaliação é bastante difícil de medir. É preciso ver a atividade celular, ou seja, medir a atividade metabólica, testar a expressão de alguns tipos de receptores nas células. Tem várias formas. Vai ser uma avaliação bem completa”, revela Gustavo Volpe, referindo-se à chamada “memória celular”.

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