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Projeto une cultura e sustentabilidade de índios, quilombolas e ciganos

Governo faz a identificação de comunidades que, há anos, adotam práticas de consumo saudáveis, como o cultivo de agricultura orgânica e de plantas medicinais

Cleide Alves
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Cleide Alves
Publicado em 27/03/2013 às 7:29
Bernardo Soares/JC Imagem
Governo faz a identificação de comunidades que, há anos, adotam práticas de consumo saudáveis, como o cultivo de agricultura orgânica e de plantas medicinais - FOTO: Bernardo Soares/JC Imagem
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Projeto lançado pela Secretaria de Meio Ambiente de Pernambuco vai unir sustentabilidade com a cultura de povos tradicionais (índios, quilombolas e ciganos). O trabalho já começou e terá como resultado a elaboração de políticas públicas. No momento, o governo faz a identificação de comunidades que, há anos, adotam práticas de consumo saudáveis, como o cultivo de agricultura orgânica e de plantas medicinais.

“Em conjunto com índios, ciganos, quilombolas e também pescadores vamos estabelecer prioridades e definir como as políticas públicas podem fortalecer as práticas sustentáveis das comunidades”, declara o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Sérgio Xavier. O assunto é discutido em reuniões e na semana passada foi realizado um encontro estadual, em Jatobá, no Sertão.

Uma das ações a ser implementada é a criação de um banco de sementes orgânicas. Quilombolas de Conceição das Crioulas, no município sertanejo de Salgueiro, plantam milho, feijão, mandioca, jerimum e melancia sem uso de agrotóxicos. Além da agricultura de subsistência, vivem da pesca, apicultura, pecuária e artesanato.

O governo vai combinar o saber tradicional com informações científicas e acadêmicas para catalogar as sementes e orientar a comunidade, diz Sérgio Xavier. Outra proposta em debate é o uso de fogões ecológicos, mais eficientes e com a vantagem de gastar menos lenha. “Os fogões são feitos de tijolos, com tecnologia simples e lançam a fumaça para fora das casas.”

Segundo o secretário, os modelos já são usados em municípios do Agreste e Sertão, através de programa desenvolvido por organização não-governamental. O diferencial, agora, é que as famílias aprenderão a fazer os fogões, com plano de manejo para usar a lenha da caatinga (vegetação nativa do Semiárido) de forma sustentável.

Leia mais na edição do JC desta quarta (27)

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