Moradores e visitantes da capital pernambucana terão de esperar até 2017 para desfrutar a reforma completa das áreas não operacionais do Porto do Recife. É que a empresa vencedora da licitação de arrendamento tem 60 meses para executar as obras, previstas para ser iniciadas em maio próximo. Nos velhos galpões, sem uso, passarão a funcionar salas para escritórios, bares, restaurantes, lojas, hotel, marina, centro de convenções, áreas para eventos e exposições, além de vagas de estacionamento.
Serão revitalizados os armazéns 9, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18, pátio 15 Norte, pátio 14 sul e o prédio desativado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Falando em números, significa que a obra vai dar vida a 38.186,03 metros quadrados de área, nos trechos mais antigos da cidade, do Bairro do Recife ao Cais de Santa Rita, no bairro de São José. A empresa recebeu prazo de 90 dias para finalizar o projeto arquitetônico, com todos os detalhes.
“A Conic Souza Filho e a Triunfo Engenharia executarão parte das obras. Outras construtoras com experiência em hotelaria, marina e shopping center se juntarão ao projeto”, informa Múcio Novaes, presidente da Excelsior Seguros, uma das empresas do grupo vencedor da licitação, o Gerencial Brasitec Serviços Técnicos. “Estamos definindo a estratégia da obra, podem participar empresas de qualquer lugar”, comenta Múcio Novaes.
Estudo de viabilidades técnica e econômica elaborado pelo governo do Estado, responsável pelo Porto, definiu as ocupações dos galpões, que terão fachadas, telhados e altura preservados. Para os 2.039,68 metros quadrados do armazém 9 foram projetados escritórios comerciais e o investimento previsto é de R$ 10 milhões.
Os armazéns 12, 13 e 14, além do pátio do galpão 14, com uma área total de 11.553,58 metros quadrados, abrigarão o Festival Center, conjunto formado por restaurantes, bares, lojas, lugar para exposições e eventos fechados, atividades recreativas, sociais e culturais. Essa etapa custará R$ 50 milhões e vai oferecer vagas de estacionamento.
Um hotel e uma marina serão erguidos no pátio 15 Norte, armazém 15 e prédio da Conab, que será demolido. O investimento é de R$ 90 milhões, para implantação, manutenção e exploração dos dois empreendimentos, numa área de 10.745,17 metros quadrados. Os investidores propõem um hotel de longa estada com 200 unidades, padrão igual ou superior a três estrelas, restaurantes, lojas, bares, piscina, sala para reuniões e academia.
O centro de convenções ficará nos armazéns 16 e 17, incluindo as áreas do entorno, defronte para o hotel e a marina. Exigirá investirá mínimo de R$ 50 milhões. A ideia do grupo é aproveitar os 13.847,60 metros quadrados disponíveis e criar um local para convenções e exposições integrado ao hotel. O armazém 18 é reservado para áreas de expansão e o uso será definido mais adiante.
A expectativa do grupo é investir R$ 200 milhões na implantação do Complexo Integrado Comercial, Hoteleiro, de Convenções e Exposições. E gerar benefícios econômicos e sociais para a cidade, com criação de empregos, impostos e espaços públicos.