Arruda

Moradores do Residencial Eldorado serão orientados pela OAB-PE

Advogados vão explicar quais atitudes devem ser tomadas diante da ordem de desocupação dos prédios, além das responsabilidades dos órgãos governamentais

Do JC Online
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Publicado em 04/06/2013 às 9:27
Foto: Priscila Buhr / JC Imagem
Advogados vão explicar quais atitudes devem ser tomadas diante da ordem de desocupação dos prédios, além das responsabilidades dos órgãos governamentais - FOTO: Foto: Priscila Buhr / JC Imagem
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Os moradores do Residencial Eldorado, no bairro do Arruda, vão se reunir com membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) nesta terça-feira (4). Eles serão orientados a como proceder legalmente diante da ordem da Defesa Civil (Codecir) de deixar seus apartamentos devido ao risco de desabamento. O encontro acontece no próprio prédio, a partir das 20h.

“Além de prestarmos nossa solidariedade às famílias que foram desabrigadas, queremos contribuir quanto às dúvidas em relação aos encaminhamentos jurídicos que devem ser adotados e ajudar na análise das responsabilidades dos órgãos envolvidos, para que eles possam buscar o auxílio de advogados ou da Defensoria Pública com mais informações”, destaca o presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Reynaldo Alves.

A reunião desta terça foi marcada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE, João Olímpio Valença de Mendonça. O advogado já visitou o residencial no último sábado (1°), dois dias depois de a Codecir pedir que os prédios fossem desocupados. Na ocasião, conversou com alguns moradores. Agora, vai orientar o restante dos condôminos.

PROTESTO - Assustados e sem ter para onde ir, os moradores do Eldorado promoveram um protesto na noite da última segunda-feira (3) para pedir ajuda governamental. Eles se reuniram, portando cartazes e apitos, na frente do residencial. O auxílio-moradia era uma das reivindicações, mas eles também pediram um laudo da Codecir que comprovasse o risco de desabamento.

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Foto: Edmar Melo / JC Imagem

Os condôminos alegam que foram orientados a deixar suas casas sem receber um documento que comprovasse o risco de desabamento. Além disso, não têm dinheiro para alugar outras casas. Eles não receberam auxílio-moradia e foram auxiliados pela Prefeitura apenas para transportar seus pertences. A questão do auxílio-moradia será debatida em reunião extraordinária em Brasília. Participarão do encontro membros da Prefeitura, do Ministério Público e da Caixa Econômica Federal, que financiou os imóveis.

"Não vamos sair daqui até que resolvam nossa situação. A Prefeitura não deu uma posição sobre o terreno. Não falou se os prédios podem ser reformados ou se vamos ser indenizados. Não tenho dinheiro para pagar aluguel, como vou sair daqui?", reclama o morador Pedro Oliveira. Ele ainda conta que o preço do aluguel no entorno do residencial, no Arruda, aumentou consideravalmente nos últimos dias.

RISCO - A Codecir pediu que o Residencial Eldorado fosse desocupado na última quinta-feira (30), depois que constatou fragilidade na estrutura dos 14 blocos do condomínio. Na ocasião, foi dado um prazo de 15 dias para que os moradores deixassem suas casas. No total, 224 famílias moram no local.

Na sexta-feira passada (24), os blocos A1 e A2 já haviam sido desocupados às pressas, depois que diversas rachaduras surgiram nos prédios e a Codecir constatou risco iminente de desabamento.

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