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Arquidiocese começa a ouvir testemunhas no processo de canonização de Dom Helder Câmara

Comissão passará um ano e meio ouvindo depoimentos de pessoas que conheceram Dom Helder

Do JC Online
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Publicado em 03/05/2015 às 11:47
Foto: Tato Rocha/JC Imagem
Comissão passará um ano e meio ouvindo depoimentos de pessoas que conheceram Dom Helder - FOTO: Foto: Tato Rocha/JC Imagem
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A Arquidiocese de Olinda e Recife deu início, oficialmente, ao processo de beatificação e canonização do bispo Dom Helder Câmara, falecido em 1999, durante uma missa realizada na manhã deste domingo (3) na Catedral da Sé, em Olinda. Durante a celebração, o arcebispo Dom Fernando Saburido anunciou a comissão que ficará responsável por ouvir religiosos e sacerdotes sobre as virtudes e a vida religiosa de Dom Helder.

O grupo será liderado pelo bispo-auxiliar de Olinda e Recife, Dom Antônio Tourinho Neto, e contará também com o Frei Francisco Fernando da Silva, de Pesqueira, com o Padre José Josivan Bezerra de Sales e com as devotas Maria Vana de Araújo e Maria Margarida Couto Silva.

O primeiro depoimento será colhido ainda neste domingo, do bispo emérito de João Pessoa, Dom José Maria Pires, que conviveu com Dom Helder. Ao todo, a arquidiocese deve levar cerca de um ano e meio para ouvir todas as testemunhas que conviveram com o religioso no Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza.

Paralalamente, também será constituíta uma Comissão Teológica que terá o papel de analisar todos os escritos, artigos, documentos e discursos produzidos por Dom Helder para se certificar de que eles estão condizentes com a doutrinha da Igreja Católica. Quando estiverem prontos, os dois trabalhos seguirão para a Congregação para a Causa dos Santos, em Roma.

PROFESSORES - Como vem fazendo nas plenárias do programa Todos por Pernambuco, um grupo de professores estaduais aproveitou a missa para protestar contra o governador Paulo Câmara (PSB), que acompanhou a solenidade, com cartazes que lembravam pregações de Dom Helder. Os docentes estão em greve há três semanas.

"A gente quer que os professores voltem às aulas, não prejudiquem os alunos e sentem à mesa conosco. Todo mundo sabe a situação econômica. Eu tenho o maior respeito e quero fazer um governo com uma política avançada de melhoria das condições dos professores. Eu tenho esse compromisso e vou fazer. Agora, não é fazendo greve que vai melhorar a situação do Estado. Não é fazendo greve que a situação deles vai melhorar. Só está prejudicando os alunos, prejudicando uma geração", respondeu o governador.

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