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A mãe de um adolescente de 17 anos que morreu no Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife, após levar um tiro e ficar internado por 10 dias, acredita que o filho faleceu devido à negligência de profissionais da unidade de saúde. De acordo com a família, a vítima, José Leandro Lima da Silva, apresentava boa recuperação no período pós-cirúrgico, mas o quadro evoluiu negativamente depois da ingestão de um soro que continha morfina.
A mãe do garoto, que pereferiu não se identificar, explicou à Rádio Jornal que depois da cirurgia ele estava "corado" e falava que ia "sair dessa". A mulher chegou a informar aos médicos que o filho era alérgico à substância. Mesmo assim, os profissionais aplicaram a medicação no soro do menino e ele começou a passar mal. Momentos depois, não resistiu e faleceu. "Eu falei que ele era alérgico, mas eles não adicionaram a informação ao prontuário. Foram negligentes com meu filho", disse ela.
Segundo a mãe, ela ainda insistiu em informar aos médicos sobre a alegria do filho. E a resposta recebida foi: "quem manda aqui é a enfermeira, não é a mãe". "Eu me retirei dali angustiada e passei a noite inteira chorando", desabafou. José Leandro foi atingido por um tiro próximo ao terminal de ônibus na comunidade de Três Carneiros, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Ele ingressou no hospital em estado grave, mas a família estava esperançosa.
Em nota, o HR disse que o paciente deu entrada no Hospital da Restauração em estado gravíssimo e, em coma, recebeu todos os procedimento necessários que o caso requeria. "Informamos ainda que um paciente em coma não recebe morfina, sendo, portanto, improcedente a aformativa da prescrição deste medicamento ao paciente".
