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Museu a Céu Aberto é recuperado no Bairro do Recife

Prefeitura refez o painel informativo do Museu a Céu Aberto, destruído por vândalos

Da Editoria Cidades
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Publicado em 31/05/2017 às 10:08
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Prefeitura refez o painel informativo do Museu a Céu Aberto, destruído por vândalos - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
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O Museu a Céu Aberto, no Bairro do Recife, exibe novamente aos visitantes o painel informativo com a linha do tempo da evolução urbana da cidade. Destruído por vândalos, o painel foi recolhido pela prefeitura, refeito e devolvido ao lugar de origem sexta-feira passada (26/05).

Localizado na Rua Barão Rodrigues Mendes, entre a Avenida Alfredo Lisboa e a Rua do Bom Jesus, o Museu a Céu Aberto preserva achados arqueológicos dos séculos 17 e 19, descobertos em pesquisas realizadas no início do ano 2000.

Na área delimitada por um guarda-corpo de vidro, há trechos do muro que cercava a cidade no período holandês (1630-1654), vestígios do antigo Arco do Bom Jesus e restos do dique de contenção do avanço do mar, erguido no século 19.

“É importante ter de volta o painel, sem ele a pessoa não sabe do que se trata o museu, passaria por uma obra isolada”, declara a psicóloga Priscila Bastos, moradora da cidade. Ela visitou o Bairro do Recife, ontem, acompanhando amigos da cidade de Belém, no Pará.

O engenheiro Alberto Medeiros, morador da capital pernambucana e que também fazia parte do grupo, acrescenta que o painel é eficiente para divulgar a história de lugares antigos, como o Bairro do Recife, para moradores e visitantes.

“Acho esse espaço pouco divulgado. A gente veio aqui por acaso, porque viu um rapaz fotografando a área”, observa Priscila Bastos, referindo-se ao fotógrafo do JC. “O foco da visita é o Museu Cais do Sertão e a Torre Malakoff”, diz ela.

De acordo com a diretora de Manutenção Urbana do Recife, Fernandha Batista, além de recuperar o painel informativo, o município repôs vidros do guarda-corpo do Museu a Céu Aberto, quebrados por vândalos. “Uma vez por ano uma das laterais da mureta de vidro é destruída”, destaca.

O novo painel – A porta do Bom Jesus e seus Baluartes – mantém as mesmas informações do anterior, com mapas e gravuras do Recife nos séculos 17, 18 e 19. Há, ainda, fotos dos achados arqueológicos recuperados no local: fragmentos de cachimbos, moedas, cacos de azulejos e louças antigas.

Aberto ao público em 2007, o espaço completa uma década este ano. Para o guia de turismo Fabiano Barbosa, a volta do mural é uma boa notícia. “O museu sem o painel é uma foto sem legenda. O visitante veria um buraco cercado sem identificar nada. A linha do tempo mostra ao turista o quanto a cidade cresceu do século 17 até agora”, declara.

GASTOS

A Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) gastou R$ 30 mil para refazer o serviço. “De 30 em 30 mil reais, nós chegamos a um valor de R$ 2 milhões por ano para consertar peças danificadas na cidade, de modo geral, em atos de vandalismo”, ressalta Fernandha Batista.

Com R$ 2 milhões, a Emlurb poderia fazer o recapeamento de 20 ruas locais, aquelas sem grande circulação de veículos, compara. Ela diz que a Secretaria de Saúde atua de forma permanente para evitar a proliferação de mosquitos na água de maré que se acumula no museu, perto da Alfredo Lisboa.

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