Tragédia na Tamarineira

Pena de motorista que matou três em acidente pode ultrapassar 100 anos

MPPE ofereceu denúncia nesta quinta, mudando tipificação de dupla lesão corporal para tentativa de homicídio

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Publicado em 08/12/2017 às 6:22
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MPPE ofereceu denúncia nesta quinta, mudando tipificação de dupla lesão corporal para tentativa de homicídio - FOTO: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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Se depender do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o jovem João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos – que matou três pessoas e deixou duas gravemente feridas em acidente de trânsito na Tamarineira, na Zona Norte do Recife, dia 26 – pode ter pena de mais de cem anos em vez dos 70 anos indicados no inquérito da Polícia Civil. A promotora de Justiça Ana Maria Sampaio Barros de Carvalho ofereceu denúncia crime contra ele, ontem, sustentando o indiciamento por triplo homicídio e mudando a tipificação de dupla lesão corporal grave para duas tentativas de homicídio.

A promotora ainda considerou “duas qualificadoras de ordem objetivas, pois a prática delitiva resultou em perigo comum àqueles que trafegavam naquelas vias públicas, motoristas, motociclistas, ciclistas e/ou pedestres e impossibilidade de defesa das vítimas”. Consta na denúncia, ainda, as agravantes do art. 61, inciso II, alínea “h”, por haver entre as vítimas haver duas crianças e uma gestante. Cada homicídio e tentativa tem pena máxima de 20 anos e ainda há os agravantes.

SEM HABILITAÇÃO

O MPPE também se manifestou pela manutenção da prisão preventiva de João Victor e requereu a suspensão de sua Carteira Nacional de Habilitação e declaração de inabilitação para dirigir veículo, nos termos do artigo 92, inciso III do Código Penal.

No acidente, morreram Maria Emília Guimarães da Mota Silveira, 39 anos, seu filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, 3, e a babá Roseane Maria de Brito Souza, 23. O marido de Emília, Miguel da Motta Silveira, 46, e a filha Marcela Guimarães da Motta Silveira, 5, continuam internados no Hospital Santa Joana. Ele já está no quarto e vem se recuperando bem. Ela ainda está em estado grave, na UTI pediátrica. João Victor estava alcoolizado e dirigia a 108 quilômetros por hora no momento da colisão.

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