Esperança

Vítima de ataque de tubarão em Piedade tem sonho de virar atleta paralímpico

'Pretendo ganhar muitas medalhas para o Brasil', afirma Pablo Diego, que lembra de como tudo aconteceu

JC Online
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Publicado em 21/05/2018 às 13:41
Foto: Juliana Oliveira/Rádio Jornal
'Pretendo ganhar muitas medalhas para o Brasil', afirma Pablo Diego, que lembra de como tudo aconteceu - FOTO: Foto: Juliana Oliveira/Rádio Jornal
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Vítima de um ataque de tubarão na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Pablo Diego Inácio de Melo, de 34 anos, agarrou um novo sonho: se tornar atleta paralímpico. Depois do incidente, no dia 15 de abril, o rapaz teve a perna direita e parte do braço direito amputados. O dedo da mão esquerda também corre risco de ser amputado, mas Pablo já está em casa. Ele recebeu alta do Hospital da Restauração, no Recife, na sexta-feira (18).

Foi por meio de doação de ouvintes da Rádio Jornal que Pablo recebeu uma cadeira de rodas. O projeto de fornecimento de cadeiras de rodas foi criado pelo comunicador Geraldo Freire. O presente chegou em boa hora, já que a família da vítima passa por dificuldades financeiras para custear as medicações necessárias durante a recuperação total de Pablo. "Estamos passando por um sufoco", explica.

Com necessidades especiais, os sonhos se tornam novos. Além de planejar o futuro ao lado da família, disputar as próximas olimpíadas faz parte de um futuro próximo. "Pretendo ganhar muitas medalhas para o Brasil, mas para isso, preciso de oportunidades e ajudas", afirma.

O ataque

Paulo lembra bem de como tudo aconteceu. Ele jogava bola com os amigos na orla da praia quando resolveram se refrescar no mar. "O tubarão passou pelas minhas pernas. Eu até imaginei que fosse um amigo brincando, mas foi quando senti a dor", relembra.

As dores foram constantes também no processo de recuperação. "Os médicos me falaram que do jeito que estava, eu não iria sobreviver, pois havia perdido muito sangue", conta. As reações do corpo de Pablo aos procedimentos cirúrgicos surpreenderam, de fato, a equipe médica dedicada ao caso. "No bloco cirúrgico do hospital, tinham três equipes de cirurgia vascular e ortopédica, isso foi fundamental para controlar os danos. No dia seguinte ao trauma, ele já se encontrava melhor, o que nos surpreendeu muito", explica o cirurgião vascular Adercio Pereira que tem a situação como um dos casos mais graves já atendidos por ele.

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