Atualizado às 20h09
O advogado Flávio Mendes de Amorim, 47 anos, morto a tiros na manhã deste domingo (30), foi vítima de latrocínio, segundo a Polícia Civil. Flávio andava de bicicleta no Parque das Esculturas, Centro do Recife, na companhia da esposa e de uma criança quando foi abordado por assaltantes. Segundo testemunhas, não houve reação do casal ao assalto. A mulher e a criança não foram feridas.
Flávio Amorim chegou a ser socorrido por populares que estavam no local e levado ao Hospital da Restauração, localizado no bairro do Derby, área central do Recife. No entanto, chegou à unidade sem vida.
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Investigação
Os dois suspeitos, identificados por Arthur Felipe Lima de Lira, 20, e Matheus Ribeiro Vieira de Barros, 18, foram presos e confessaram participação no crime. O mais novo, suspeito de integrar um grupo criminoso que teria cometido três homicídios na área, confessou ter alvejado Flávio Mendes. Arthur também confirmou envolvimento no ato.
Ainda segundo a polícia, com base no depoimento dos jovens, Arthur teria abordado a mulher e pedido a bicicleta e o celular. Ela estava sem celular e ofereceu o relógio, mas Arthur recusou. Matheus, por sua vez, abordou Flávio, que entregou o celular e a bicicleta. Ainda que testemunhas presentes na hora do crime defendem que o advogado não tenha reagido ao assalto, Matheus rebate dizendo o contrário.
"As próprias pessoas que presenciaram o fato, inclusive parentes dele e duas testemunhas, afirmam que não houve nenhum tipo de reação, muito pelo contrário, a vítima ainda pediu para que ele não atirasse. Não sei se ele se desagradou porque a esposa não estava com celular, não sei qual foi o motivo de ele ter feito isso, ou se foi só por maldade mesmo", explicou o delegado Guilherme Caraciolo, gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Após o crime, os dois suspeitos fugiram e esconderam as bicicletas na casa da mãe de Matheus, em Brasília Teimosa, onde Arthur se escondeu dentro do guarda-roupas da casa. Enquanto isso, Matheus se correu para a residência da avó e se escondeu embaixo de uma cama. No momento da prisão, foram apreendidos também três celulares, R$ 520 em espécie e maconha.
A polícia investiga se uma terceira pessoa costumava encomendar roubos aos dois suspeitos. "Houve um informe, não tem nada materializado ainda, de que existia uma terceira pessoa que encomendava os crimes, seria o receptador, que pegava os objetos e distribuía no mercado", informou o delegado Guilherme Caraciolo.
A audiência de custódia de Matheus e Arthur acontecerá nesta segunda-feira (1º).
