Crise

Expansão do Bike PE até a periferia esbarra na falta de verba e patrocínio

O projeto foi lançado em 2013 e, até a tarde desta terça-feira, quase 740 mil viagens já haviam sido contabilizadas

Do JC Trânsito
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Publicado em 27/10/2015 às 15:30
Foto: Divulgação/PCR
O projeto foi lançado em 2013 e, até a tarde desta terça-feira, quase 740 mil viagens já haviam sido contabilizadas - FOTO: Foto: Divulgação/PCR
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O Bike PE, projeto que oferece um sistema de compartilhamento de bicicletas no Recife e em cidades da Região Metropolitana (RMR), deve enfrentar dificuldades em sua expansão para atender as áreas de periferia por causa da falta de verbas e investimento da iniciativa privada. 

O Governo do Estado, por meio de suas secretarias, tem o desejo de expandir a cobertura do programa até o município de Igarassu RMR, mas a escassez de recursos (em meio ao cenário de crise econômica enfrentada pelo País) tem inviabilizado essa expansão.  

Sobre isso, o secretário de Esportes, Turismo e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras (PSB), conversou com a reportagem do JC Trânsito: "Nós temos esse projeto de expansão, ele já foi apresentado ao parceiro responsável atualmente pela manutenção do Bike PE, mas ele disse que não há 'fôlego' para isso agora", disse Carreras, que participou,na manhã desta terça-feira (27) do lançamento de um programa de incentivo ao uso de bicicletas por parte dos servidores públicos do Estado. 

Atualmente, o Bike PE conta com cerca de 80 estações de compartilhamento de bicicletas em vários pontos da RMR. O projeto foi lançado em 2013 e, até a tarde desta terça-feira, quase 740 mil viagens já haviam sido contabilizadas pela empresa que opera o sistema.

Para usar as bicicletas, é preciso fazer um cadastro no site do Bike PE, informando os dados pessoais para comprar os créditos, ou usando o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). Estudantes não são tarifados para o uso das bicicletas. 

 

PROBLEMAS ESTRUTURAIS - Outro problema que dificulta o uso das bicicletas nas cidades da RMR é a falta de estrutura em ciclovias e ciclofaixas. O Estado chegou a aprovar um Plano Diretor Cicloviário (PDC), no entanto, cerca de um ano e meio depois, as obras para a construção de ciclovias não foram sequer iniciadas. 

Uma das justificativas apresentadas para esse atraso é a dificuldade de atuação conjunta com os município. Em Olinda, por exemplo, a ciclovia da PE-15 está tomada por ocupações de comerciantes. A remoção dessas ocupações é de responsabilidade da Prefeitura do município.

O PDC, lançado em fevereiro de 2014, prevê a construção de 590 Km de ciclovias nas principais cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR). A expectativa na época do lançamento era de que 130 quilômetros já estivessem disponíveis para a população até o fim deste ano. 

O custo total do PDC foi estimado em R$ 354 milhões e só a sua elaboração (gastos com pesquisas) custou R$ 637 mil.

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