Patrimônio

Mercado Eufrásio Barbosa está interditado

Risco de desabamento do teto do salão principal motivou decisão da Prefeitura de Olinda

Da editoria de Cidades
Cadastrado por
Da editoria de Cidades
Publicado em 10/08/2014 às 1:00
Heudes Regis
Risco de desabamento do teto do salão principal motivou decisão da Prefeitura de Olinda - FOTO: Heudes Regis
Leitura:

A Prefeitura de Olinda interditou o Mercado Eufrásio Barbosa, no Varadouro, na última sexta-feira. Um laudo do setor de engenharia do município apontou risco de desabamento do teto do salão principal e a Defesa Civil fechou o equipamento. A interdição acontece antes do início das obras de recuperação do espaço, que vai se transformar num centro de artes. A previsão da Secretaria de Turismo de Pernambuco, responsável pela restauração, é que as obras sejam iniciadas em outubro.

“O teto já estava ameaçando desabar. Com chuvas e muita ventania ao longo dos últimos dias, a decisão foi fechar o Mercado. Não podemos colocar a vida das pessoas em risco”, afirma o secretário de Patrimônio e Cultura de Olinda, Lucilo Varejão Neto. Abandonado, sujo e com infiltrações, o espaço virou ponto de encontro de usuários de drogas. “O Mercado vem sendo arrombado por esses grupos. Precisamos até comprar cadeados novos”, diz o gestor, observando que a prefeitura não tem condição de manter uma vigilância 24 horas no local. Da sexta-feira para o sábado os vândalos arrancaram até as placas de “interditado”.

Na última sexta-feira, técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estiveram no local para elaborar um laudo final de avaliação para aprovar a reforma, que será bancada pela instituição, dentro do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur). A expectativa é inaugurar o espaço revitalizado em dezembro de 2015.

MARACATU
A interdição do Eufrásio Barbosa vai obrigar o Maracatu Nação Pernambuco a encontrar outro local para realizar ensaios e guardar seus instrumentos e figurinos. “O espaço nos foi cedido pela prefeitura desde 1994. Todo nosso equipamento artístico está guardado lá e durante a semana 112 pessoas ensaiam no local”, diz a diretora-geral da agremiação, Amélia Veloso.

No dia 24 de julho, a diretoria do Maracatu recebeu um ofício informando que teria 48 horas para desocupar o local, mas não acatou a ordem. Amanhã, o Maracatu vai tentar ser recebido pelo prefeito Renildo Calheiros para discutir uma solução. Em dezembro o grupo comemora 25 anos de fundação.

Últimas notícias