Membro da organização mafiosa Camorra, Scotti Pasquale, de 56 anos, foi extraditado para a Itália nessa quarta-feira (10). Por autorização do Supremo Tribunal Federal, o italiano preso no Recife no dia 26/05/2015 seguiu do Rio de Janeiro para o país europeu por volta das 18h, acompanhado por policiais federais da Itália. Considerado o braço-direito de Raffaele Cutolo, chefe do grupo napolitano, Pasquale, que teve prisão decretada em 1991, foi condenado à prisão perpétua na Justiça da Itália por mais de vinte homicídios, crimes de porte ilegal de armas de fogo, resistência e extorsão, cometidos entre 1980 e 1983. O italiano estava aguardando a conclusão do processo de extradição em Brasília.
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Scotti Pasquale foi encontrado na capital pernambucana através de comparação de impressões digitais. Ele, que se apresentava como Francisco de Castro Visconti, usava carteira de identidade, CPF e até título de eleitor ilegais. A ação foi realizada, em conjunto, pela Polícia Federal, Interpol e seção de investigação sobre o crime organizado de Nápoles. O italiano estava no Brasil desde o ano de 1986 e em 1995 casou-se com uma brasileira, com quem teve dois filhos. A família morava no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife. Scotti era sócio da casa noturna Sampa Night Club, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, e de uma empresa do ramo de importação de alimentos.
O italiano é considerado o fundador do grupo "Nova Camorra Organizada", criado após uma operação policial desmantelar parte da máfia ''Camorra'' e prender o chefão Raffaele Cutolo. O italiano foi detido no dia 17 de dezembro, em Vaviani, pelo homicídio de uma dançarina, mas fugiu do hospital onde foi internado por causa de um ferimento na mão. Ele foi incluído na lista de fugitivos internacionais apenas em 1990.
O Jornal do Commercio traçou um breve histórico sobre Pasquale Scotti, 56 anos, o mafioso mais procurado da Itália há mais de 30 anos que vivia como empresário reservado no Recife.
