Recife

Inocente é morto ao ser confundido com assaltante no Jiquiá

Polícia concluiu que uma mulher e três homens tentaram fazer 'justiça com as próprias mãos' no bairro do Jiquiá. Suspeitos foram indiciados por homicídio

JC Online
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Publicado em 27/06/2017 às 18:52
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Polícia concluiu que uma mulher e três homens tentaram fazer 'justiça com as próprias mãos' no bairro do Jiquiá. Suspeitos foram indiciados por homicídio - FOTO: Foto: Divulgação/PCPE
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A tentativa de fazer Justiça com as próprias mãos acabou com a morte de um inocente no bairro do Jiquiá, Zona Oeste do Recife, concluiu a Polícia Civil de Pernambuco. Cristiano Severino dos Santos, de 43 anos, foi confundido com um criminoso que praticava furtos na comunidade, capturado por moradores e morto a pauladas e pedradas. Três homens e uma mulher que exerciam liderança foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado, sem chance de defesa da vítima.

O fato aconteceu na madrugada do dia 13 de abril deste ano, mas só agora o inquérito foi concluído. De acordo com o delegado Igor Leite, a vítima era alcoólatra e estava perdido. "Um dos moradores achou que Cristiano fosse um criminoso, chamou vizinhos e uma mulher e começaram a agredir com pauladas, golpes de facão e com uma pedrada que, possivelmente, foi o golpe fatal", explicou, detalhando que o corpo da vítima ainda foi jogado em uma vala.

Com indícios deixados na área, por onde a vítima teria passado e pelo "rastro da violência" os investigadores chegaram até os suspeitos. Emarlon Ferreira de Souza Filho, de 31 anos, Alvaro Luiz de Melo, de 56, e André Luiz Francisco de Paula, conhecido como "Dé", 32, e Verônica Maria Cavalcante, de 43 anos, foram presos e confessaram o crime. "Eles se contradizem em alguns pontos, mas confessam o fato", afirmou Igor Leite. Durante a operação policial, uma espingarda foi encontrada na casa de um dos suspeitos.

Prisão

Os quatro suspeitos foram indicados pelo crime de homicídio qualificado, sem chance de defesa da vítima. Os três homens foram encaminhados ao Centro de Triagem e Observação (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Já Verônica foi levada para a Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, na capital. O delegado informou que, com a conclusão do inquérito, foi pedido que a prisão temporária seja convertida em prisão preventiva.

Ainda para o delegado Igor Leite, mesmo que se tratasse de um criminoso, a "justiça com as próprias mãos" não deve acontecer. "Não deveria nunca ser feita dessa forma, já que há os meios legais para isso", concluiu.

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