ZONA OESTE

Funerária leva corpos até presídio para filho se despedir dos pais

Os corpos do homem que assassinou a ex-esposa e se matou em seguida foram levados para o Frei Damião de Bozzano, onde um filho deles cumpre pena

JC Online
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Publicado em 24/10/2017 às 17:43
Foto: Michael Carvalho/TV Jornal
Os corpos do homem que assassinou a ex-esposa e se matou em seguida foram levados para o Frei Damião de Bozzano, onde um filho deles cumpre pena - FOTO: Foto: Michael Carvalho/TV Jornal
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Os corpos do homem que assassinou a ex-companheira e suicidou em seguida, nessa segunda-feira (23), no bairro da Mangueira, Zona Oeste do Recife, foram levados por uma funerária para o presídio Frei Damião de Bozzano, Complexo Prisional do Curado, nesta terça-feira (24), para que um detento de 23 anos, filho dos dois, pudesse se despedir dos pais.

"A gente foi até o presídio para que o filho pudesse se despedir do pai e da mãe. Ele estava muito abalado, chorou muito, ficou muito triste com a situação todinha", explicou uma conhecida da família à TV Jornal.

Lei de Execução Penal

De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), a Lei de Execução Penal assegura à Pessoa Privada de Liberdade o direito a se deslocar, sob escolta, ao velório de cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão ou, e na impossibilidade de escolta, receber o corpo do parente na unidade prisional.

Após a despedida no Frei Damião de Bozzano, os corpos foram levados em dois carros funerários para o Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife. O sepultamento aconteceu no fim da tarde desta terça (24).

Homem matou ex-companheira e se matou

Marinalva Teixeira, 38 anos, foi assassinada pelo ex-marido, um motorista de ônibus de 50 anos que atirou em sim mesmo após o crime. Roseildo Teixeira, 50 anos, chegou a ser socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento dos Torrões, onde veio a falecer no fim da manhã, na terça-feira (23). A mulher morreu no local.

Segundo Lúcio Aldo de Santana, um primo do suspeito, a intenção dele era matar a própria filha, uma jovem de 19 anos, com quem ele não se dava bem. "Ele queria matar a filha, não a mulher. Ela veio buscar o outro filho e quando ele a viu, ele atirou. Mas ele esperava que a filha viesse porque ele culpava ela pelo divórcio", conta. "A gente estava dormindo quando tudo aconteceu. Ninguém sabe onde ele conseguiu a arma. O filho mais novo deles viu tudo", completa Lúcio Aldo.

Ainda segundo ele, o casal estava separado há cerca de um ano. Ele descreveu o primo como uma pessoa tranquila, exceto quando bebia. "Ele ficava muito agressivo, por causa de ciúmes", finaliza.

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