CABO DE SANTO AGOSTINHO

Polícia pede exames em corpo de menina morta pelo padrasto

Mesmo com a identificação do corpo por familiares no IML, exames sexológico e de DNA foram solicitados devido ao estado avançado de decomposição

JC Online
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Publicado em 16/12/2018 às 16:21
Foto: Divulgação / PCPE
Mesmo com a identificação do corpo por familiares no IML, exames sexológico e de DNA foram solicitados devido ao estado avançado de decomposição - FOTO: Foto: Divulgação / PCPE
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O corpo encontrado no último sábado (15), identificado como sendo de Maria Irlaine Dantas da Silva, 10 anos, vai passar por exames antes de ser liberado. De acordo com o delegado Mamedes Xavier, as análises foram solicitadas ainda ontem “para dirimir qualquer dúvida”. Familiares de Maria Irlaine reconheceram o corpo como sendo da menina, desaparecida desde a segunda-feira (10), sequestrada pelo padrasto no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife.

“Os exames foram pedidos pelo delegado de plantão no dia, de Palmares, mas é uma solicitação de praxe, para dirimir todas as dúvidas”, afirmou Xavier. O Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto de Genética Forense (IGF) têm um prazo de 10 dias para a realização dos dois exames. “Em alguns casos, esse prazo pode ser estendido”, explicou o delegado. Ainda de acordo com Xavier, o corpo não precisa esperar o resultado dos exames para ser liberado.

A família da menina está na expectativa para a liberação do corpo. Naedja Maria da Silva, 23 anos, é irmã por parte de pai da menina Maria Irlaine. Ela, junto com Iraneide de Lourdes Dantas de Oliveira, mãe da criança, reconheceram o corpo encontrado como sendo da menina. “Ela estava com um lacinho pintado na unha do dedo do pé, ela gostava de fazer esses desenhos”, contou Naedja. “As unhas da mão estavam pintadas com um esmalte que eu comprei”, disse.

Segundo Naedja, a mãe da menina vai na manhã da próxima segunda-feira (17) ao IGF, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife, ter o material genético colhido para a realização do exame de DNA. “Ela está em Barra de Guabiraba [na Mata Sul de Pernambuco], com a família do pai da criança”, afirmou a irmã.

O caso

Maria Irlaine Dantas da Silva foi sequestrada pelo padrasto, José Carlos da Silva, 41 anos, na segunda-feira (16), no bairro da Charnequinha, Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Segundo parentes da criança, José Carlos chegou a entrar em contato com a mãe da menina durante a semana. Na sexta-feira (14), ele foi encontrado morto, pendurado pelo pescoço em uma ponte na BR 101, em Ribeirão, Mata Sul de Pernambuco.

Um corpo de uma menina em estado avançado de decomposição foi encontrado coberto por folhas no sábado (15), por populares. Familiares reconheceram como sendo Maria Irlaine.

Ciúmes

Segundo a irmã da criança, José Carlos era um homem “calado” e “muito ciumento”. “Ele não deixava a mãe dela falar com amigas, vivia atrás dela, isso sufoca”, contou ao Jornal do Commercio. Em um acesso de ciúmes, o homem teria “avançado no pescoço” de Iraneide, que teria pedido a separação após a agressão.

“No começo do relacionamento deles, ele chegou a sumir com a menina, mas voltou no mesmo dia”, relatou Naedja. Na ocasião, em 2017, José Carlos teria levado a menina para passear em um shopping após ter brigado com a mãe da criança. “Mas ele trouxe ela de volta no mesmo dia”, afirmou a irmã.

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