Duas clínicas que funcionavam de forma irregular nos bairros do Vasco da Gama e de Afogados, no Recife, foram interditadas nesta terça-feira (14), como resultado de uma ação entre a Vigilância Sanitária (Visa) da prefeitura e o Conselho Regional de Odontologia (CRO). Ambos os locais operavam sem licenciamento sanitário, entre outros problemas.
Leia Também
- Vigilância Sanitária interdita clínica do Hapvida em Olinda
- Vigilância Sanitária de Petrolina apreende 40kg de queijo clandestino
- Procon e Vigilância Sanitária apreendem produtos vencidos na Hapvida
- Operação Pescado da Vigilância Sanitária do Recife fiscaliza produtos durante Semana Santa
- Vigilância Sanitária realiza reunião para debater TAC das farmácias
- Vigilância Sanitária do Recife interdita padaria em Boa Viagem
Nos dois estabelecimentos havia atendimentos clínicos, incluindo de oftalmologia e dermatologia, consultas odontológicas e exames laboratoriais. Nenhum dos dois tinha licença sanitária municipal para funcionar, nem processo em tramitação. Além disso, ambos não apresentaram Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e contrato com empresa de recolhimento de lixo biológico.
De acordo com os inspetores da Visa, a clínica não possui condições higiênico-sanitárias para funcionar. “O processo de esterilização dos materiais é inadequado. As salas de raio-x estão sem higiene nenhuma. Inclusive, em uma delas, a câmara escura fica dentro do banheiro. Para lavar alguns instrumentais, eles utilizavam detergente doméstico. As amostras de sangue e de urina, por exemplo, foram encontradas dentro de um isoopor, misturadas, sem garantia nenhuma de temperatura”, detalhou a gerente de vigilância sanitária do Recife, Danielle Feitosa.
MULTA
As duas unidades, que pertencem ao mesmo dono, foram interditadas. A empresa vai responder a processo administrativo-sanitário e poderá pagar uma multa que varia de R$ 40 a R$ 400 mil. As clínicas só voltarão a funcionar depois que todas as exigências da Vigilância forem cumpridas. O Conselho Regional de Odontologia realizou interdição ética, pois, de acordo com o órgão, não havia comprovação de dentista responsável pelo consultório.