Teatro

Danielle Winits e Julio Rocha em cena no Recife

Dupla apresenta neste final de semana o espetáculo Quem ri por último, ri melhor

Mateus Araújo
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Mateus Araújo
Publicado em 10/10/2014 às 11:37
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Dupla apresenta neste final de semana o espetáculo Quem ri por último, ri melhor - FOTO: Divulgação
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Da última vez em que esteve no Recife para apresentar um espetáculo, Danielle Winits mostrou seu rebolado e seu corpão à plateia do musical Xanadu purpurinada em humor, sensualidade e nonsense. Neste fim de semana, a atriz volta à cidade com outra peça, Quem ri por último, ri melhor, junto a um elenco tal e qual os moldes de Xanadu: globais e famosos. A montagem, com texto de Artur Xexéu e direção de Cininha de Paula, é apresentada no Teatro RioMar, amanhã e domingo, às 21h30 e 19h, respectivamente.

“Essa é uma peça que fala sobre muitas coisas. Quer quebrar o tabu que a vida dos artistas e as pessoas do meio é só tabu. Preconceito, liberdade, limites. Eu faço a agente que assessora um ator (chamado Mateus) famoso e gay. Ela procura protegê-lo da mídia, por achar que o fato de a homossexualidade prejudicaria sua carreira, caso isso fosse divulgado. É uma peça sobre até onde vai a liberdade”, explica a loira. Em cena, Danielle divide espaço com o galã Júlio Rocha, intérprete de Mateus.

Para a atriz, uma das celebridades que quase sempre está na mira dos paparazzi brasileiros, Quem ri por último, ri melhor é uma discussão bem humorada dos limites e a necessidade de proteção da vida pessoal de cada um. “A gente precisa saber se proteger. O julgamento é muito complicado. Cada um tema a seu próprio livre-arbítrio, que tem que receber um respeito”, afirma Danielle. 

Esse humor que alfineta a sociedade é um estilo de Artur Xexéu, jornalista e dramaturgo que adaptou o texto do escritor americano Douglas Carter Beane, indicado ao Tony (o maior prêmio do teatro norte-americano) em 2007. 

Para reforçar o elenco de globais, a diretor Cininha de Paula escalou também o ator Júlio Rocha. Acostumado a viver personagens machões na televisão, é a primeira vez que ele interpreta um gay em cena. Eu decidi fazer esse espetáculo porque Mateus (o personagem vivido por Júlio na peça) é um cara muito diferente dos que eu já trabalhei. É de uma sensibilidade bem expressiva, é frágil e tem bastante senso de humor. E isso me atraiu bastante”, diz Júlio. “A escolha desse meu personagem foi para contribuir para que as pessoas busquem sua liberdade e mostrar que é importante a gente se aceitar do jeito que é.”

Para construir seu papel, no entanto, Júlio Rocha resolveu não quebrar com os estereótipos que pairam sobre a comunidade LGBT. Usou os “trejeitos”, segundo ele, como elemento de humor. Como é uma comédia, a gente buscou algumas questões físicas que a gente acredita que é engraçado. O personagem foi criado bem sensível e delicado, com senso de humor”, conta. 

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