Um relacionamento em que os envolvidos não sabem dizer ao certo há quanto tempo estão casados, pois não houve algo para formalizar a união. A analogia é usada pela marchande Lucia Santos para falar sobre como a Amparo 60 se transformou na galeria de arte que completa 15 anos em 2013. Mesmo considerando uma exposição individual do artista Eudes Mota, em 1998, como marco da mudança de loja de objetos de decoração e antiquário para galeria de arte, ela lembra que a relação com os artistas surgiu antes.
TRAJETÓRIA
A história começou em 1992, fruto de uma parceria de Lucia com a mãe, a arquiteta Janete Costa. A dupla abriu uma loja em Olinda e vendia antiguidades, móveis, peças de design e arte popular. Com o tempo, obras de artistas plásticos entraram neste conjunto. Lucia começou a conviver cada vez mais com eles e pôde observar que não havia muito espaço na cidade para os artistas mostrarem suas criações ao público. Assim, o perfil da Amparo 60 foi se transformando e, desde então, várias exposições já aconteceram no local (em uma das propostas da galeria, artistas mais conhecidos mostraram suas obras junto a outros que estavam começando sua trajetória).
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Lucia lembra destas histórias olhando fotos, convites e catálogos. O material, organizado em pastas, agora é revisitado durante a preparação das comemorações. Este exercício de rever a própria trajetória inspira alguns projetos, como o de voltar a reforçar a ação educativa na Galeria Amparo 60: "Penso seriamente em voltar, ter uma pessoa só para isso. É muito gratificante você ver as escolas aqui", conta Lúcia, que também planeja o lançamento de um livro sobre a obra do artista Rodolfo Mesquita.
Outro plano é realizar uma exposição comemorativa com curadoria de Ana Maria Maia, em 2014.
Leia a matéria no Caderno C desta quinta-feira (8/8), no Jornal do Commercio.