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Poesia de Jomard conquista o Cine PE

Exibição do filme JBM, o famigerado, terça à noite, foi uma celebração para a cultura pernambucana

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 05/05/2011 às 6:00
Foto: Gustavo Belarmino/NE10
FOTO: Foto: Gustavo Belarmino/NE10
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A chuva sem trégua que tem caído sobre Recife tem causado baixas severas na plateia do Cine PE. Na última terça (3/5), as poltronas vazias causaram certa aflição na apresentadora Graça Araújo, que tentou explicar aos espectadores visitantes que os últimos dias eram uma exceção na história do festival. 

Os três curtas-metragens exibidos revelaram-se de bom nível. O paranaense Ovos de dinossauro na sala de estar, de Rafael Urban, foi um pouco prejudicado pela parada na projeção, mas nada que ofuscasse a sofisticação da norueguesa Ragnhild Borgomanero e sua residência repleta de fósseis de dinossauro. 

O gaúcho Traz outro amigo também, de Frederico Cabral, que cona a história do detetive particular Samuel (Felipe Mônaco), contratado por Artur (Clemente Viscaíno), um senhor idoso, para procurar o amigo imaginário que ele não vê desde criança. 

O terceiro curta foi Náufragos (SP), de Gabriela Amaral Almeida e Matheus Rocha. 

Os dois longas-metragens da noite foram a ficção carioca Vamos fazer um brinde, de Cavi Borges e Sabrina Rosa, e o documentário pernambucano JMB, o famigerado, de Luci Alcântara. 

Como era de se esperar, a exibição de JMB, o famigerado foi uma noite de celebração para a cultura pernambucana. Jomard Muniz de Britto não quis subir ao palco e preferiu se esconder em alguma parte do Teatro Guararapes. O documentário mistura criador e criatura, e captura o espírito e a obra de Jomard de maneira avassaladora. Qual um Jacques Tati flamboyant e tropical, Jomard flana pelas ruas do Recife como um poeta apaixonado pelas palavras e seus semelhantes. Viva Jomard! 

Leia crítica na edição desta quinta-feira (5/5) do Caderno C, no Jornal do Commercio.


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