Bastou apenas três filmes para o inglês Sacha Baron Cohen colocar seu nome entre os mais importantes comediantes da história do cinema. Sem medo de chocar quem quer seja, ele atirou flechas certeiras no racismo (Ali G Indahouse - O filme, 2002), no telejornalismo (Borat - O segundo melhor repórter do glorioso país Cazaquistão viaja à América, 2007) e no mundinho fashion (Brüno, 2009). Com direito a altos doses de grossura, escatologia e virulência - tudo misturado e sem limites - ele agradou a hordas de fãs, mas também ganhou a ira de milhões de detratores.
Agora, ele renova a parceria com o americano Larry Charles, que dirigiu seus dois últimos filmes. Sacha Baron Cohen aparece um pouquinho diferente em O ditador (The dictator, 2012), que estreia nesta sexta-feira (24/08) no Recife. Em O ditador, a pegada política da nova empreitada está bem visível, com o comediante fazendo uma paródia de um ditador muçulmano que mantém o povo na ignorância enquanto brinca de atleta olímpico, campeão sexual e chefe militar.
Ao contrário de que se esperava, O ditador também é uma comédia romântica. Mesmo sem se expor o tempo todo, a imaginação de Sacha Baron Cohen para o humor revoltante continua em alta. A cena mais vulgar - e romântica! - envolve uma mulher grávida que tem a má sorte de ser ajudada por Aladeen. As mulheres são as principais vítimas do ditador. A atriz Megan Fox faz uma participação como ela mesma. Ou melhor, como uma garota de programa que recebe seu pagamento em ouro e contrai herpes. E o que é a imensa galeria de conquistas de Aladeen? Só vendo para crer.
Leia a crítica completa na edição desta sexta-feira (24/08) do Caderno C, do Jornal do Commercio.