CINEMA

50 Tons Mais Escuros tem mais sexo e romance apimentado

Longa baseado na trilogia de E. L. James tem pre-estreia à meia-noite desta quarta-feira (8/2)

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 08/02/2017 às 15:32
Universal Pictures/Divulgação
Longa baseado na trilogia de E. L. James tem pre-estreia à meia-noite desta quarta-feira (8/2) - FOTO: Universal Pictures/Divulgação
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Anastasia Steele e Christian Grey estão de volta para uma nova maratona de encontros sexuais à qualquer hora dia, orgasmos múltiplos e muitas brincadeiras que provocam dor e algum prazer. A maior novidade de 50 Tons Mais Escuros, o segundo filme da trilogia literária iniciada com 50 Tons de Cinza, há dois anos, é que Anastasia superou o trauma do primeiro encontro com o sádico Christian e desta vez cedeu aos seus caprichos. Adotado por mulheres de todo o mundo, que compraram mais de 100 milhões de exemplares dos livros de E.L. James, o segundo filme adaptado da franquia tem pré-estreia à meia-noite desta quarta-feira (8/2). A partir desta quinta-feira (9/2), o novo longa inunda o circuito exibidor do País. 

Dirigido pelo faz tudo James Foley -  um cineasta experiente, mas impessoal, que teve um inicio de carreira interessante -, o novo filme se beneficia por causa da trama mais romântica e mais leve, embora sacudida com um outro momento de tensão. As cenas de sexo entre o casal rolam mais prazerosas, pois os jogos sádicos de Christian parecem dar mais prazer à Anastasia, mesmo que ela leve algumas palmadas no bumbum, coloque bolas de metal nas partes íntimas e tenha as pernas abertas com um instrumento medieval. Dakota Johnson e James Dornam também estão mais à vontade em cena e a química entre eles flui com mais naturalidade.

SADISMO

Quem viu o primeiro filme - e, obviamente, conhece a história de ponta cabeça - , já sabe o que vai encontrar na adaptação. Um elemento sujbacente à trama, e que parece ser um dos chamarizes para o público feminino, é que Christian Grey, apesar de seu comportamento sádico e passado sombrio, quer dá mais prazer do que machucar Anastasia. No filme, o sadismo é de butique e Anastasia fica à vontade para atender aos desejos do namorado. Na verdade, Christian passa por alguns apuros, já que Anastasia, tirando uma cena em que ameaçada por uma antiga submissa do namorado, se ocupa mais em tirar a calcinha do que qualquer outra coisa. Certamente, muitas mulheres vão aumentar o coro de ódio ao filme por algumas dessas cenas, especialmente uma que se passa num elevador.

Entretanto, as mais de 100 de mulheres que compraram os exemplares da trilogia de E.L. James parece que agora foram ouvidas. Assim, o roteiro de Niall Leonard, marido da escritora, fixa-me mais nas cenas de sexo (softcore, claro) e na nudez de Dakota e Dornam. O que fica de fora do rador dos dois personagens são alguns encontros com os parentes, um acidente e um novo personagem, um editor que se interessa por Anastasia - subtrama que não tem muito peso. Para quem acha que as descrições eróticas de E.L. James são o motivo de ler os seus livros, 50 Tons Mais Escuros não deve decepcionar. 

KIM BASINGER

Como todo mundo acreditava, E.L. James realmente tem um tributo a pagar a 9 e 1/2 Semanas de Amor: a personagem de Kim Basinger parece a versão madura da personagem que ela criou no filme de Adrian Lyne e que reflete tanto em Anastasia quanto em Christian.  Infelizmente, isso não quer dizer que ele seja ao menos um filme razoável. Além de toda a previsiblidade da trama, Jamie Dornan parece pior do que no primeiro filme. A grande quantidade de canções melosos, que ecoam a todo instante, é outro tormento. Recado para os apressadinhos: fique mais dois minutos sentado e vejam uma prévia de 50 Tons de Liberdade, a conclusão da trilogia, que tem estreia agenda para o ano quem vem.

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