O filme Frozen - Uma Aventura Congelante se tornou um clássico instantâneo entre crianças e adultos do mundo todo. Contudo, em seu projeto inicial, o filme deveria ser bem diferente.
"Quando nós começamos, Anna e Elsa não eram irmãs. Elas não eram nem da realeza. Então Anna não era uma princesa. Elsa era uma Rainha do Gelo auto-proclamada, ela era uma vilã e muito má – bem mais como o conto de Hans Christian Andersen. Nós começamos com uma vilã e uma heroína ingênua e o final envolvia uma batalha épica com monstros que Elsa tinha criado como seu exército", comentou Peter Del Vecho, produtor da animação, em entrevista à revista Entertainment Weekly.
A REVIRAVOLTA NO ROTEIRO
A motivação para Elsa ser má é que ela havia sido abandonada no altar e congelou o próprio coração para nunca mais amar de novo. E de acordo com uma profecia que seria apresentada no começo do filme, um governante com coração congelado traria destruição para o reino de Arendelle. A profecia seria então sobre Hans, e não sobre Elsa. E aí veio a reviravolta no roteiro: "O problema foi que nós sentimos que já tínhamos visto isso antes", comentou Del Vecho. "Não era satisfatório. Nós não tínhamos conexão emocional com Elsa. Nós não nos importávamos com ela pois ela passou o filme inteiro sendo a vilão. Nós não eramos atraídos. Não era possível se identificar com os personagens".
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Veio então a ideia de fazer com que Elsa fosse a irmã de Anna, e não a vila: "E se ela tiver medo de quem ela é? E medo de machucar as pessoas que ama? Agora nos tínhamos uma personagem na Anna que era sobre o amor e Elsa que era sobre o medo. Isso levou a tornar Elsa uma personagem com mais dimensões e que é possível compreender, e no lugar do tradicional tema de bem contra o mal nós tínhamos um que era mais fácil de se identificar: amor vs medo, e a premissa do filme se tornou que o amor é mais forte que o medo", completou.