As atrizes Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow relataram ao New York Times casos de assédio sexual envolvendo o produtor Harvey Weinstein, aumentando a lista de mulheres que o denunciaram em público. Gwyneth contou que, aos 22 anos, foi convidada para um hotel e que Harvey a tocou e sugeriu uma massagem. "Eu era uma criança", afirmou a atriz, que completou: "Estava horrorizada".
"Eu tive uma má experiência com o Harvey Weinstein na minha juventude e, como resultado, escolhi nunca mais trabalhar com ele e avisei outras que o fizeram", afirmou Angelina ao New York Times. "Este comportamento em relação às mulheres é, em qualquer setor, em qualquer país, inaceitável", ressaltou.
As denúncias ocorrem após a publicação de uma matéria no The New York Times, segundo a qual Weinstein teria assediado jovens que pretendiam ingressar na indústria do cinema. Após a primeira investigação, o produtor pediu desculpas pelo seu comportamento, desmentiu parte das acusações e anunciou que iria retirar da sua empresa para procurar tratamento. A Weinstein Company o demitiu no domingo para abrir uma investigação interna.
Várias mulheres, entre elas as atrizes Ashley Judd e Rose Mcgowan, acusam-no de tê-las obrigado a vê-lo nu, de tentar fazer que o massageassem, ou mesmo de propor ajudá-las em suas carreiras em troca de favores sexuais.
Romola Garai
A atriz britânica Romola Garai relatou nesta terça-feira (10/10) como se sentiu "violentada" após uma reunião com Harvey Weinstein, em mais um depoimento contra o produtor americano acusado de assédio sexual. Conhecida pelo filme Desejo e Reparação, a atriz contou ao jornal The Guardian que passou há muitos anos por uma audição "humilhante", que considerou um "abuso de poder".
"Eu tive que comparecer ao quarto de hotel dele no Savoy e ele abriu a porta de roupão. Eu tinha apenas 18 anos. Eu me senti violentada, ficou gravado na memória", conta.
Quando estava no quarto, ela sentou em uma cadeira e teve uma rápida conversa com o produtor sobre o filme, mas sentiu-se "depreciada pelo abuso de poder".
Para ela, o incidente reflete a maneira de Weinstein de se aproximar das mulheres da indústria do cinema, ao colocar jovens atrizes em "situações humilhantes" para provar que "tem o poder para fazer isto".
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