Alice Wegmann sobre Onde Nascem os Fortes: 'Criei um apego por Maria'

Protagonista da supersérie, que chega ao fim nesta segunda-feira (16) na Globo, conversou com o JC sobre a trajetória de sua personagem

Foto: Estevam Avellar/TV Globo
Protagonista da supersérie, que chega ao fim nesta segunda-feira (16) na Globo, conversou com o JC sobre a trajetória de sua personagem - FOTO: Foto: Estevam Avellar/TV Globo

Com 53 episódios, termina nesta segunda-feira (16) na TV Globo a supersérie Onde Nascem os Fortes. A obra do pernambucano George Moura em parceria com Sergio Goldenberg deixa saudades principalmente para a protagonista Maria, vivida pela jovem Alice Wegmann, de 22 anos. Ao Jornal do Commercio, ela conta o processo de despedida deste papel tão forte e marcante para sua carreira de atriz.

ENTREVISTA // ALICE WEGMANN

JORNAL DO COMMERCIO – Nesta reta final, é possível definir que esta supersérie foi um divisor de águas na tua carreira?
ALICE WEGMANN – Acho que fui construindo minha carreira aos poucos, tive oportunidades muito bacanas durante esses anos todos. A Lia de Malhação, a Cecília de Ligações Perigosas, Isabela e Marina de A Lei do Amor... Todas as personagens tiveram uma grande importância na minha vida. Maria foi a que mais exigiu de mim, vamos ver o que vem por aí.

JC – Quais as maiores lições que Maria te ensinou?
ALICE – Acho que usar a coragem e a força a meu favor, a acreditar mais em mim mesma.

JC – Em meio a tantas reviravoltas, você ficou feliz com a trajetória da sua personagem?
ALICE – Claro. É uma protagonista que não é óbvia. Não é uma mocinha que espera o príncipe encantado chegar, é uma mulher cheia de erros e acertos, humana, decidida. Isso que faz dela uma personagem tão rica. É uma heroína moderna, que dialoga muito com o momento feminino que temos sentido.

JC – Em que momento da supersérie a Maria exigiu mais da Alice?
ALICE – Todos os dias acordava com um frio na barriga danado. Foram muitos desafios. Cheguei a ter uma estafa, meu coração bateu a 36 por uns dias, depois tive dengue... Então foi um desgaste físico e emocional bem grande. Mas acho que a parte mais difícil de todas foi me despedir dela.

JC – Na convivência com elenco e equipe, na frente e atrás das câmeras, quais pessoas foram gratas surpresas para este teu trabalho?
ALICE – Difícil nomear, vivemos todos juntos durante quase 5 meses no sertão. Acordávamos e víamos o cabelo bagunçado um do outro, olheiras, a bochecha suja de pasta de dente. Era muita intimidade, e foi bem bonito.

JC – Como foi o último dia de gravação da série?
ALICE – Foi lindo e leve. Dei uma choradinha básica, claro. Estava com George (Moura, autor), Zé (Villamarim, diretor artístico), Waltinho (Carvalho, diretor)... Homens que admiro muito e foram os criadores disso tudo. Eu criei um apego pela Maria muito grande, e é claro que a despedida é difícil. Mas também é bom saber o tanto de coisa que vem por aí.

JC – O que mais te impressionou no texto do pernambucano George Moura?
ALICE – É um texto poético, que toca a gente de muitas formas. George é muito bom com as palavras, e não só na escrita – é adorável ouvi-lo contar histórias de Pernambuco e do resto do Brasil. É um texto surpreendente, que sai do óbvio, dá um prazer enorme de ler e interpretar.

JC – Do que você mais vai sentir saudades de Onde Nascem os Fortes?
ALICE – De Maria, principalmente. É estranho exercitar muito um lado nosso que a gente não conhece, por tanto tempo, e de repente botar ele pra dormir de novo. Maria me fez descobrir muita coisa sobre mim, foi o ano que mais amadureci, e devo isso a ela. É como uma amiga que está indo morar longe.

JC – Após esta experiência, você consegue definir onde nasce a força de Alice Wegmann?
ALICE – Ah, isso é algo de família, mas ao mesmo tempo sinto que nasci assim. Nasci forte. E toda a minha trajetória, os 8 anos de ginástica olímpica, a minha dedicação aos estudos, tudo isso me fez ter essa força que tenho, e que fica mais explícita em determinados momentos.

JC – Quais são os seus próximos passos profissionais?
ALICE – Vou entrar em cartaz com uma peça em outubro, Para Onde Vão Os Corações Partidos, me formar na faculdade (Jornalismo, na PUC-RJ), e estou negociando uma próxima novela.

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