Globo e Regina Casé perdem causa por expor vítima de câncer

Pais do pequeno Guilherme, de oito anos, moveram um processo por veicular entrevista do garoto no 'Esquenta' sem autorização

Foto: João Januário/TV Globo
Pais do pequeno Guilherme, de oito anos, moveram um processo por veicular entrevista do garoto no 'Esquenta' sem autorização - FOTO: Foto: João Januário/TV Globo

Segundo informações do portal UOL, a 1ª Vara Cível de São Paulo condenou Regina Casé e a TV Globo a indenizarem o encarregado de obras Vanderlei Velozo Miranda e Roseli Cristina da Silva Miranda, pais de Guilherme, um menino de oito anos, que morreu vítima de um tumor cerebral em 2015. No mesmo ano, a apresentadora exibiu no Esquenta! uma entrevista com o menino, feita segundo os pais, sem autorização, enquanto ele estava na brinquedoteca de um hospital. O garoto morreu cinco dias depois da gravação.

"A indenização será calculada levando-se em consideração diversos fatores, sendo os principais: o tempo de exibição fixado em 12 minutos aproximadamente e os lucros obtidos pela emissora no período de exibição. O valor somente será conhecido após perícia contábil determinada em sentença", explicou o advogado da família, Alexandre Damaceno ao UOL nesta terça-feira (30).

Vanderlei pede na ação R$ 3,949 milhões de indenização, ainda cabendo recurso da TV Globo e da própria Regina Casé.

Ainda de acordo com o portal, a emissora carioca e a apresentadora do Esquenta! foram condenadas ao pagamento de indenização pelos danos materiais por uso indevido da imagem de Guilherme. "Como sempre defendido pela família, não houve autorização para a realização da entrevista, tampouco para exibição no programa e isso ficou devidamente comprovado no processo judicial", disse o advogado.

O OUTRO LADO

Em nota, a Comunicação Globo declarou ao Jornal do Commercio que recebeu a decisão judicial com surpresa e pretende recorrer da sentença. Segue a resposta na íntegra:

O objetivo do programa foi acolher e confortar o menor e sua família. Estamos surpresos com essa decisão, já que os pais estavam presentes na gravação, acompanhando o menor, e participaram voluntariamente do programa. A emissora vai recorrer da decisão.

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