A volta de Edson Cordeiro

Quem tem de 25 anos para lá, viveu um momento que seja ao som do cantor Edson Cordeiro. Nas duas últimas décadas, só no Recife, ele foi capaz de tudo: transformou o hino gay maior I will survive em marchinha carnavalesca; animou raves e boates com o mesmo agudo; fez revival de disco music; emprestou seus vocais inimitáveis a clássicos da MPB... É possível ficar até amanhã listando os territórios por onde esse paulistano já trafegou, ou melhor, “mergulhou” – “Eu não gosto do verbo trafegar, porque tudo o que eu faço é com uma entrega muito grande. Prefiro dizer que mergulhei por vários estilos. Não sou mais um adolescente para gostar só de um tipo de música. Escuto de tudo”, disse Edson, em conversa por telefone.
O cantor, que já foi onipresente no imaginário noturno recifense, andava sumido nos últimos anos. Desde 2006, fixou residência na Europa, mais especificamente em Berlim, verdadeiro imã para artistas do mundo inteiro. “Morar na Alemanha se tornou mais prático para mim: é a base que precisava para fazer uma carreira internacional”, observa. Edson retoma os laços com a terra que tanto o abrigou em épocas passadas, hoje à noite, com uma apresentação acústica no Teatro Guararapes. É acompanhado pelo pianista Antonio Vaz Lemes.