Lançamento

Álbum Recife Lo-Fi reúne novas bandas pernambucanas

Coletânea está disponível gratuitamente na internet

AD Luna
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AD Luna
Publicado em 01/06/2012 às 6:03
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O pernambucano parece ser viciado em fazer música. É quase impossível existir semana na qual não se ouve falar de alguém que lançou CD, DVD ou disponibilizou alguma nova canção na internet. Prova disso é a Recife Lo-Fi volumes 2 e 3, polpuda coletânea organizada pelo cantor, compositor e multi-instrumentista Zeca Viana, que reúne 42 faixas de artistas de Pernambuco de variados estilos, disponibilizados gratuitamente no site https://tramavirtual.uol.com.br. Os álbuns serão lançados hoje, com show de nove bandas, na Casa Mecane, na Rua Visconde de Suassuna, centro do Recife.

</DC>Babi Jaques e Os Sicilianos, Cassio Sette, Jalu Maranhão, Ana Ghandra, Juvenil Silva, Dani Carmesim, HVB & Só Jesus Samba, Enio OhomemBorba e Diaton, começam a se apresentar às 21h, e o ingresso custará R$ 10 para quem não estiver com nome na lista de convidados.

Morando em São Paulo há três anos, Zeca Viana tocou bateria na banda Volver, lançou seu primeiro disco solo, Seres invisíveis, em 2009. A canção When I See Your Face (I get so high), de autoria dele, foi incluída na trilha sonora da comédia nacional Billi Pig, estrelada por Selton Mello e Grazi Massafera. O volume 1 do disco Recife Lo-Fi foi lançado em 2010.

A ideia de montar a compilação surgiu a partir da lembrança daquela prática do passado: a de amigos presentearem uns aos outros com músicas gravadas em fitas cassete. “Era uma forma de reunir bons sons de fontes diferentes num só lugar. Em São Paulo, sempre me perguntam sobre Recife. Daí garimpei uma coletânea para alguns amigos com sons interessantes, que na maioria das vezes não são conhecidos na cena independente nacional!”.

Como todos os sons tinham um pé na produção independente, feita em casa, Zeca Viana pensou em organizar melhor esse conteúdo e lançá-lo virtualmente. “Entrei em contato com o pessoal da Tramavirtual, que abraçou a ideia então fizemos e deu muito certo”, diz.

No primeiro volume, Zeca fez a curadoria garimpando diretamente pela internet. Já para o lançamento atual, ele decidiu disponibilizar endereço de e-mail ([email protected]) para quem quisesse mandar material. “Foi surpreendente, o volume de material foi tão grande, com tantas faixas interessantes, de vários estilos e modos de produção diferentes, que decidimos fazer dois volumes. Realmente nosso Estado tem uma urgência, uma grande força criativa. Tem gente gravando e produzindo o tempo todo”, observa.

Apesar do termo lo-fi (low fidelity, baixa fidelidade, em português) significar um estilo de produção musical que usa técnicas de gravação de baixa fidelidade com equipamentos alternativos, Zeca Viana se mostrou surpreso com a qualidade de várias das gravações que recebeu. “Cada vez mais os resultados nos home studios estão melhores. A tecnologia quando usada à favor da arte é algo realmente impressionante. Mas também recebemos aquelas bem lo-fi mesmo. Tem espaço para todo o tipo de produção”, reforça.

Entre os artistas da coletânea, Zeca Viana destaca Juvenil Silva (“ele está fazendo um trabalho de composição bastante interessante”), a cantora Ana Ghandra e Angelo Souza, um poeta concreto do dia a dia. “Mas o que mais me surpreendeu foi receber uma faixa de Ivinho (ex-Ave Sangria) e Gilmar Serra gravada ao vivo em um home studio chamada Aviso à Georgia. Realmente é uma satisfação ter uma faixa de Ivinho, verdadeira lenda musical da cidade, na nossa coletânea”, comemora Zeca.

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