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Um público não muito numeroso, porém bastante barulhento e apaixonado compareceu na noite deste sábado (18) ao show do Fresno, no Clube Internacional do Recife. Problemas na organização fizeram com que a apresentação da banda de abertura, Hurth, fosse cancelada. O show estava marcado para acontecer às 20h. Porém, a entrada do público só foi liberada às 21h20, o que gerou revolta e protestos de pais e dos fãs - os quais, em sua maioria, eram adolescentes.
Uma das exceções era Isabel Menezes, 23 anos. Formada em turismo, ela veio de avião de Aracaju até a capital pernambucana a fim de conferir mais uma vez entre tantas para assistir ao show do Fresno. Isabel havia adquirido ingresso (R$ 115, de acordo com o documento que ela apresentou) para o backstage, o qual dava direito a curtir a apresentação numa área reservada em cima do palco, praticamente junto aos músicos.
O passe também dava o direito de entrar no camarim dos rapazes. "O que me surpreende é a desorganização de show que acontece numa cidade grande como Recife, que é bem maior de onde vim. Lá, nunca vi isso acontecer", desabafou a moça, que estava no Recife pela primeira vez.
Lucas Silveira, guitarra e vocais; Gustavo Mantovani, guitarra; Bell Ruschel, bateria, e o pernambucano Mario Camelo, teclados, subiram ao palco às 22h e fizeram um competente show, dentro do que eles se propõem a fazer: um pop rock comportado, com letras românticas juvenis e sem carregar nenhum componente de ameaça ao "sistema". Com a saída de Rodrigo Tavares, em março passado, as partes de baixo foram substituídas por bases gravadas.
Aparentemente, todos os problemas que aconteceram antes da liberação da entrada foram esquecidos e não faltaram momentos de grande interação entre a banda e seu público. "É muito intenso o que acontece aqui! O público daqui é quente pra cara...!", exaltou Lucas, para delírio da garotada.
