O show Rio de tantos janeiros, que Fafá de Belém apresenta nesta sexta-feira (1º), às 21h, no Teatro RioMar, reafirma o encanto e o encontro da cantora com a Cidade Maravilhosa. Ainda criança, em Belém do Pará, as histórias de Copacabana contadas pelos primos faziam seus olhos brilharem. Mais tarde, depois da aposentadoria do pai, ela foi com a família ver e viver a vida no Rio de Janeiro. Logo regressou a Belém, no auge do glamour carioca, da bossa nova e da boemia, que ela não pôde vivenciar no início da adolescência. “O Rio era minha Disneylândia”, diverte-se ao lembrar.
Voz e piano, o concerto-ode ao Rio traz Fafá de volta a seus 15 anos. No palco, ela continua de onde parou. “Esse show, inicialmente no Miranda (casa de shows fluminense), trata-se de um resgate da noite do Rio, com seus piano-bares. É uma homenagem à cidade e a minha própria memória do Rio”, explica.
O espetáculo Rio de tantos janeiros revela uma forte ligação entre a intérprete e o pianista. Dessa vez, ela se apresenta na companhia do maestro Cristóvão Bastos ou “uma orquestra de uma nota só”, como ela o descreveu.
“É um show muito delicado e simples, mexe com a memória. A intenção é que todo mundo cante numa forma suave. E eu canto bossa nova pela primeira vez, porque sempre cantei em casa, mas nunca em público. Além disso, mergulhei na própria obra do Cristóvão, em Dolores Durán. Fui traçando um desenho dessa cidade mágica, aquele castelo da Disney que eu tinha na minha cabeça”, deleita-se.
No espetáculo, Fafá conta as histórias do Rio, “de um tempo de música em que as pessoas se reuniam e cantavam até de manhã”. “O espetáculo é como se fosse na minha casa”, diz.
Amanhã, Fafá se apresenta gratuitamente na festa do padroeiro de São Lourenço da Mata.
