Para se renovar é preciso arriscar. Essa é a máxima que rege Do meu olhar pra fora, o novo trabalho que Elba Ramalho lança nesta quarta-feira, às 20h, no Teatro Eva Herz da Livraria Cultura, no RioMar, em pocket show exclusivo para as 150 primeiras pessoas que adquirirem o álbum. Além da apresentação, haverá uma sessão de autógrafo e bate-papo com os fãs.
Com produção de Yuri Queiroga e Luã Mattar, seu filho, o 33º disco da paraibana pode assustar os desavisados que a classificam como cantora de forró. Elba apresenta um trabalho ousado, no qual interpreta canções como Risoflora, de Chico Science & Nação Zumbi, Nossa Senhora da Paz, do Cordel do Fogo Encantado e até Ser livre, samba composto há 30 anos por Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz para cantora. O título vem de verso de É o que me interessa, de Lenine e Dudu Falcão, que também integra o repertório.
Segundo Elba, a proposta era buscar um aprimoramento, sem cair na repetição da fórmula, de Qual assunto que mais lhe interessa?, seu disco anterior. “Não foi fácil pra mim digerir todas as músicas, foi um desafio. Desafios a serem vencidos, eu topei, aceitei. É gratificante, porque eu me desacomodei. Eu fui lá e procurei dar conta daquilo que estavam me propondo”, conta.
Aliás, é a partir das parcerias e, principalmente do olhar aguçado da dupla de produtores, que vem a sonoridade contemporânea do álbum. “Eu prefiro arriscar, errar por acolher do que por não acolher. Se eu quero me renovar, preciso me juntar com gente que possa me levar a esse lugar onde eu me sinta arejada, fresquinha, e alce esse voo”.
No show, que tem duração prevista de 45 minutos, Elba cantará músicas do novo disco e revisitará também sucessos como Gostoso demais, Canta passarinho e Banquete de signos. Acompanham a cantora os músicos Yuri Queiroga (contrabaixo e sintetizadores), Tostão Queiroga (percussão), Rafael Meninão (sanfona) e Marcos Arcanjo (violão e guitarra).
