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Selo pernambucano PWR dedica-se a produção musical feminina

Projeto pretende dar visibilidade às mulheres da cena independente

GGabriel Albuquerque
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GGabriel Albuquerque
Publicado em 28/10/2016 às 9:31
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Projeto pretende dar visibilidade às mulheres da cena independente - FOTO: Foto: Divulgação
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Em julho, a pernambucana Letícia Tomás, a paraibana (radicada em Recife) Hannah Carvalho e a cearense Nanda Loureiro lançaram na internet uma lista para reunir projetos femininos da cena musical independente. Em outubro, este mapeamento desdobrou-se na criação do selo PWR (pronuncia-se power), organizado por Letícia, 20 anos, e Hannah, 19.

“Hoje a lista tem 300 bandas, me surpreendeu. Mas percebi que a gente conhecia poucas daquelas bandas. A ideia depois da lista era fazer um site com matérias sobre cada uma, criar uma forma de separar todas por gêneros pra ficar mais fácil de achar e tal, mas isso era muito complicado aí a gente desistiu. Hannah sempre quis fazer um selo e eu sempre quis trabalhar com música feita por mulheres, aí depois de muito vai-não-vai e muito apoio dos nossos amigos, criamos o selo”, conta Letícia Tomás.

Na última terça-feira (25), a PWR organizou seu primeiro evento: a Jam das Minas, no Edifício Texas, que contou com apresentações de Carla Boregas com Acavernus (respectivamente baixista e a tecladista da banda paulista Rakta em seus projetos solo) e Larissa Conforto (baterista da banda carioca Ventre) e Gabriela Deptulski (guitarrista da My Magical Glowing Lens, do Espírito Santo).

Single

Algumas semanas antes a PWR teve o seu primeiro lançamento: Instinto, música de Papisa, cantora, compositora e guitarrista paulista cujo nome de batismo é Rita Oliva (integrante das bandas Cabana Café e Parati). A faixa é o primeiro single de um álbum que ela lançará no próximo ano. 

Outros lançamentos estão sendo preparados, voltados principalmente para o Sudeste. “A gente conhece pouca coisa de Recife. Tivemos algumas propostas, mas ainda não acertamos os pormenores”, diz Letícia.

A PWR está apenas começando, mas os planos são grandes. “Quero, além de divulgar o som, ajudar a produzir. Criar uma rede de contatos. Quando uma mina quiser produzir seu som, indicamos uma mina pra ajudar, outra pra mixar, outra pra fazer a arte”, diz Letícia.

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