Disco

O caruaruense Almério vai da banda de pífanos ao pop

Cantor continua a tradição de bons compositores da cidade

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 22/03/2014 às 6:00
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Caruaru ao longo dos anos tem apresentado a Pernambuco, e ao Brasil, música de primeira qualidade, e aí vai do baião de Onildo Almeida, ao frevo de Carlos Fernando, ao pop/rock de Ortinho e Junio Barreto, ou o forró de Petrúcio Amorim, e Valdir Santos. Desta vez quem traz boa música da Capital do Agreste, e Almério (que nasceu em Altinho, mas vive há anos na cidade). Ele lança hoje, a partir das 17h, seu disco de estreia (que tem seu nome por título), com um show no Morro do Bom Jesus, uma comunidade encravada no Centro de Caruaru. Almério, 33 anos, é músico há onze anos, e vive de e para a música, em tempo integral, desde 2007: “Num show de Herbert Lucena, Na pisada do com, ele deixou o palco e me deixou com uma banda de pífanos, e cantei acompanhada pela banda, a de Zé do Estado. O pessoal gostou, ficou chamando e samba pifado, gostei daquilo”, conta Almério.
Ele e a banda de pífanos trabalharam juntos por cinco anos, uma parceria, no mínimo, origina, que recende agora no álbum solo de Almério, cuja sonoridade tem como arcabouço as pegadas, percussão, a alma da banda de pífanos: “Não gravei com o disco com a banda porque orçamento estava baixo e ia encarecer muito, mas os elementos pontuam o projeto”, diz Almério. Isto fica bem claro na faixa Invólucro Caruaru, emoldurado por uma flauta, sanfona, guitarra , e uma percussão numa levada de toque de terno de pífanos.
A produção é assinada por Lucky Luciano Queiroga, que entra no disco também como autor da faixa final, Na velocidade: “Ele veio fazer um trabalho em Caruaru, fomos com uma turma, conversamos e me identifiquei muito com as ideias de Lucky. Quando decidi fazer o disco convidei ele ,que aceitou e trouxe alguns músicos para tocar, feito Thiago Hoover, que eu não conhecia”.
Almério, o disco, tem 14 faixas, 12 autorais, uma de Lucky Luciano e outra de Lula Queiroga: “Um dos meus compositores preferidos. Disse que queria gravar ele, e Lula me deu Como você imagina”, conta Almério.
Disco na mão, ele diz que depois de shows em Caruaru, lança o CD no Recife, e pensa em voos mais altos e mais distantes, para aterrissar em São Paulo.

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