ANO NOVO

Confira como foi o Réveillon no Recife

O ano de 2018 chegou, e o público pernambucano o recebeu de braços abertos. Queima de fogos foi o ponto alto da virada recifense

Valentine Herold
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Valentine Herold
Publicado em 01/01/2018 às 2:45
Foto: Leo Motta/ JC Imagem
O ano de 2018 chegou, e o público pernambucano o recebeu de braços abertos. Queima de fogos foi o ponto alto da virada recifense - FOTO: Foto: Leo Motta/ JC Imagem
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Entre selfies e pulos das tão aguardadas setes ondas, a orla da Avenida Boa Viagem, principal polo do Réveillon recifense, foi palco de muitas promessas de ano novo, sorrisos e música na noite deste domingo (31). A contagem regressiva para 2018 mal havia começado quando os primeiros fogos apareceram no céu da praia, coroado por uma lua cheia. A queima durou exatos 15 minutos e, muito colorida, foi bem recebida pela maioria do público.

Quem animou os pernambucanos e turistas nos últimos momentos de 2017 foi a cantora Nena Queiroga, ao som de muito frevo - o palco estava localizado na altura do Acaiaca, na areia, e já havia recebido Genival Lacerda, Romero Ferro e Patusco. Algumas sombrinhas se destacavam na multidão e muitos passistas já ensaiavam o aquecimento para o Carnaval 2018. Até às 22h o local estava tranquilo e pouco numeroso se comparado com anos anteriores. Foi unanimidade tanto entre os ambulantes quanto os policiais e transeuntes que este foi o Réveillon mais esvaziado que Boa Viagem já teve.

Alguns, como o vendedor de bebidas Paulo Silva, que trabalha há cinco anos todo 31 de dezembro na mesma esquina, próximo ao hotel Jangadeiro, apontam como causa para a diminuição de público a falta de grandes atrações musicais. E outros acreditam que o aumento da violência na capital pernambucana também pode ter contribuído para que menos gente se deslocasse até a praia.

O clima era, portanto, dos mais amenos entre o final da noite e o início da madrugada do dia 1º. Muitas famílias acompanharam e vibraram com a virada do ano, como foi o caso de Gabriela e Roberto que, acompanhados de seus dois filhos e do avô, se dirigiam ainda por volta das 23h a um prédio de amigos para celebrar 2018. "Moramos aqui mesmo em Boa Viagem e todo anos passamos o Réveillon aqui, as crianças gostam e nós também", pontuou Gabriela.

Há poucos metros do casal estava Jairo Lineu, pipoqueiro de 59 anos que há 6 passa a noite da virada do ano trabalhando no bairro da Zona Sul. "Cheguei por volta das 20h e devo ficar até às 3h. O movimento é geralmente bom, este ano está um pouco mais fraco até agora. A gente tá aqui porque precisa trabalhar, mas quando dá meia noite até consigo dar uma parada, olhar para o céu e curtir um pouquinho os fogos", relata. 

Seu Jairo era apenas um dos muitos pipoqueiros que fizeram o Reveillon mais salgado do público local. Haviam ainda muitas barracas de cachorro quente, batatas fritas, espetinhos e macaxeira, mas a campeã de vendas aparentava ser, ainda por volta das 23h30, a cerveja - vendida a uma média de R$ 5 a lata e R$ 6 a long neck. Apesar de muita oferta de bebidas, era possível, entretanto, observar diversos grupos de amigos e familiares com seus isopores trazidos de casa. Uma das novidades comerciais deste ano foi o copo estilizado e colorido, simulando uma taça, mas de plástico, com dizeres de "Feliz 2018!" (vendido cada um a R$ 7).

Policiamento e Pina

Tanto em Boa Viagem quanto no Pina o policiamento foi reforçado. A cada esquina era possível avistar um grupo da Polícia Militar ou da Guarda Municipal supervisionando o local - e até cerca de 1h30, não houve nenhum ocorrência de destaque segundo os mesmos. O trânsito também estava organizado e tranquilo nos arredores, mesmo com um grande trecho da Avenida Boa Viagem fechada (da esquina com a rua Ribeiro de Brito até a Padre Bernardino Pessoa, cerca de 2 km).

No polo do Pina, o público era bem menor que o bairro vizinho. O grupo de samba D'Breck deu início à programação musical no início da noite do domingo, seguido de Geraldinho Lins, Jota Michiles, Almir Rouche (que cantou alguns sucessos de Chico Science e Nação Zumbi) e Amigos Sertanejos. Andrea Branca da Silva, de 44 anos, estava passando pela primeira vez o Ano Novo no Pina e pretende voltar mais vezes, "se Deus quiser!". "A queima de fogos foi muito bonita e foi justamente isso que e motivou a vir. Em 2018 desejo a todos nós muita harmonia, saúde, trabalho e dinheiro no bolso", finalizou.

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