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27º Festival de Curitiba chega ao fim com público robusto e boas peças

Mais de 215 mil pessoas acompanharam os 13 dias de programação

Márcio Bastos
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Márcio Bastos
Publicado em 10/04/2018 às 14:09
Annelize Tozetto/Divulgação
Mais de 215 mil pessoas acompanharam os 13 dias de programação - FOTO: Annelize Tozetto/Divulgação
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Chegou ao fim, domingo (8), o 27º Festival de Curitiba, maior maratona de artes cênicas do Brasil. Durante 12 dias, o evento mobilizou a capital do Paraná com mais de 400 espetáculos, em cerca de 90 pontos da cidade. Com a proposta de ser um “festival para todos”, a curadoria apostou, mais uma vez, em uma programação de fôlego, que colocou em evidência demandas sociais necessárias. Os corpos à margem e outras possibilidades de ser e existir deram o tom da mostra principal, a exemplo de Grande Sertão: Veredas, Preto, A Ira de Narciso, Corpo Sobre Tela e Tom na Fazenda.

Ao longo dos últimos três anos, com curadoria de Guilherme Weber e Márcio Abreu, o Festival de Curitiba tem estabelecido um diálogo potente com a sociedade. Além de democratizar ainda mais as ações – do total de apresentações, 100 foram gratuitas e outras 46 no esquema “pague o quanto vale”, totalizando 500 sessões grátis ou a baixo custo e 300 ao ar livre – tocar em pontos espinhosos parece ter aproximado novos públicos.

ÊXITO

Esse êxito se reflete nos encontros e também nos números: até a quarta-feira, faltando quatro dias de ações, 215 mil pessoas já haviam assistido às ações, superando as 200 mil do ano passado. O festival também investiu mais em mostras, 20 ao todo, como a Guritiba, para a infância, mostra com a companhia portuguesa Faísca Teatro, entre outras.

“Ocupamos 90 locais diferentes, o que fez com que os espetáculos fossem assistidos por pessoas diferentes”, reforça o diretor do festival, Leandro Knopfholz. “O festival já vinha sendo para todos e, este ano, quisemos deixar [essa proposta] ainda mais clara. Acho que nosso grande mérito é mesmo fazer o evento acontecer [apesar das adversidades]”.

Em um momento em que se discute o fim do registro profissional para atores (a ação será julgada dia 26 pelo Supremo Tribunal Federal), o Festival de Curitiba também se posicionou, colocando-se ao lado dos artistas.

“Desde o começo, sempre tivemos a política de que todos os espetáculos deveriam ter, no mínimo, 80% de profissionais com DRT. Somos completamente a favor do registro”, reforçou Leandro.

* O jornalista viajou a convite do Festival de Curitiba

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