A investigação sobre supostas fraudes no concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), ocorrido em outubro de 2017, foi arquivada pelo Ministério Público de Estado (MPPE) nesta quarta-feira (6). O órgão divulgou uma nota afirmando que o arquivamento do caso se deu pela falta de provas anexadas ao processo por parte dos denunciantes. Cerca de 400 denúncias de irregularidades foram feitas à época do concurso. Uma petição, com cerca de sete mil assinaturas, pedindo a anulação do concurso chegou a ser feita.
O posicionamento do Ministério Público foi entregue ao presidente do TJPE às 10h da manhã desta quarta. Ao longo da investigação, o MPPE recebeu cerca de 50 manifestações para análise. Candidatos favoráveis e contrários à anulação do certame foram ouvidos. De acordo com o MPPE, das 50 manifestações, cerca de 80% eram repetidas. Além disso, nenhum dos candidatos se muniu das provas requeridas pelo órgão para dar continuidade ao caso.
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Operação Gabarito
O MPPE também descartou a hipótese de influência de uma quadrilha especializada em fraudes de concursos no certame. O grupo criminoso foi alvo da Operação Gabarito, deflagrada na Paraíba em janeiro de 2018. Os três candidatos apontados como membros da quadrilha não obtiveram êxito no concurso do TJPE.
O órgão também desconsiderou a hipótese dos corretores identificarem os candidatos. O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), organizador do concurso do TJPE, demonstrou o método de correção das provas e comprovou que as redações são corrigidas através de cópias digitalizadas dos textos e não dos originais.