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Chesf e RNP firmam parceria para ampliar internet de instituições de ensino no Nordeste

Rede Nacional de Ensino e Pesquisa vai investir R$ 42 milhões para ampliar velocidade de internet de instituições de ensino no Nordeste, usando a rede da Chesf

Da editoria de economia
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Publicado em 20/09/2016 às 7:30
Foto: Rafael Carvalho / MEC
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa vai investir R$ 42 milhões para ampliar velocidade de internet de instituições de ensino no Nordeste, usando a rede da Chesf - FOTO: Foto: Rafael Carvalho / MEC
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A Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e a Rede Nacional de Estudo e Pesquisa (RNP), ligada ao Ministério da Educação, vão ampliar o acesso à internet para 39 instituições de ensino estaduais e federais de cem cidades do Nordeste, com foco no interior dos Estados. A expansão será possível por causa do compartilhamento de fibra ótica presente na rede de transmissão de 20 mil quilômetros da companhia, que permite o aumento da velocidade da internet para 100 gigabytes por segundo. A RNP investirá R$ 42 milhões em quatro anos. A Chesf também aplicará recursos, mas não detalhou a quantia. 

O projeto conta com quatro fases. A primeira está prevista para ser iniciada no ano que vem, quando a rede de fibra ótica no Recife, em Fortaleza, no Ceará, e em Salvador, na Bahia, serão iluminadas. No Estado, os centros que serão beneficiados inicialmente são a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), o Instituto Federal (IFPE) e a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf).

O acordo de cooperação técnica, assinado ontem, é válido por 20 anos. No futuro, o projeto poderá contemplar outras áreas. “O foco é a educação, pesquisa, inovação, mas derivará para a atividade econômica. Comércios do interior, que não possuem internet com boa velocidade, têm limitações de oportunidades. Assim, poderemos atrair investimentos para o setor privado”, explica o ministro da Educação, Mendonça Filho. 

Com o compartilhamento da rede, a RNP poderá economizar R$ 24 milhões por anos. Os R$ 42 milhões previstos serão usados para comprar equipamentos óticos e construir última milha, rede de acesso nas instituições atendidas. “A linha de transmissão da Chesf possui para-raios, que são equipados com fibra ótica, para a comunicação da Chesf. A companhia tem o mapa de distribuição de energia e chega a lugares que nós não conseguimos chegar. Nas capitais, já utilizamos a rede ótica para ampliar o acesso à internet. Permite multiplicar por mil a velocidade da internet. Se, no futuro, a Chesf ampliar a rede, vamos expandir o acesso à internet na nova área. Os Estados também vão podercontemplar projetos locais”, explica o diretor geral da RNP, Nelson Simões. 

Até 2020, a RNP quer que a internet das instituições de ensino integrantes da rede em todo o Brasil opere com potência de 100 gigabytes por segundo. Começar pelo Nordeste não foi uma decisão aleatória. Em dois anos, Fortaleza receberá cinco cabos de fibra ótica da Chesf conectados à América do Norte, Europa e África. A capital cearense já conta com dois cabos da empresa estatal.

O projeto de ampliação da rede de linhas de transmissão da Chesf, no entanto, depende do desbloqueio de R$ 490 milhões referentes a ativos da obra da Usina Hidrelétrica de Xingó. 

VENDA

Seguindo diretrizes do Ministério de Minas e Energia, a Chesf estuda a venda de ativos de Sociedades de Propósitos Específicos (SPE), que possui junto à iniciativa privada, para gerar renda. “Não é nenhuma privatização da Chesf, apenas a venda de ativos que não são essenciais. São usinas eólicas que estão em operação e que vão continuar operando. Podemos vender a usina ou uma participação nela e, depois, usar o dinheiro para construir uma nova. Estamos estudando o que vamos vender”, explica o presidente da Chesf, José Carlos de Miranda Farias.

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