Produto Interno Bruto

Alta do PIB de 2017 recua de 0,70% para 0,58%, prevê Focus

Pelo documento divulgado nesta segunda (19), a mediana para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 seguiu em retração de 3,48%

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Publicado em 19/12/2016 às 11:24
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Pelo documento divulgado nesta segunda (19), a mediana para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 seguiu em retração de 3,48% - FOTO: Foto: Marcos Santos /USP Imagens
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O Relatório de Mercado Focus desta semana indicou manutenção nas projeções de atividade para 2016 e mudança, para pior, nas estimativas para 2017. Pelo documento divulgado na manhã desta segunda-feira (19), a mediana para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 seguiu em retração de 3,48%. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,40%. 

Na semana passada, o Banco Central informou que seu índice de atividade (IBC-Br) recuou 0,48% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal. Em relação ao mesmo mês de 2015, o indicador desabou 5,28% na série sem ajuste. O resultado, na visão de alguns economistas, reforçou a expectativa de que a economia volte a crescer apenas em 2017. Em comunicações recentes, o próprio BC citou uma atividade econômica "aquém do esperado no curto prazo". 

Para 2017, porém, o Focus mostra que a percepção piorou. O mercado prevê para o País um crescimento de 0,58% no próximo ano, abaixo do 0,70% projetado uma semana antes. Há um mês, a expectativa era de 1,00%. Em suas projeções, o Ministério da Fazenda trabalha com a estimativa de crescimento de 1,00% para o próximo ano. 

No relatório Focus desta segunda, as projeções para a produção industrial também indicaram um cenário difícil. A queda prevista para este ano passou de 6,68% para retração de 6,72%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial seguiu em 0,75%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 6,02% para 2016 e alta de 1,11% para 2017.

No início de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial em outubro caiu 1,1% ante setembro e desabou 7,3% em relação a outubro do ano passado. 

Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano permaneceu em 45,20% no Focus. Há um mês, estava em 44,90%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram de 51,00% para 50,75%, ante projeção apontada um mês atrás de 49,90%.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a balança comercial em 2016. A estimativa de superávit comercial este ano seguiu em US$ 47,00 bilhões, ante US$ 47,42 bilhões de um mês antes. Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2016 ficará em US$ 49 bilhões. Esta estimativa será alterada nesta terça-feira, 20,, na divulgação da Nota do Setor Externo. 

Para 2017, as projeções de superávit comercial do mercado financeiro seguiram em US$ 45,00 bilhões - mesmo valor de um mês antes. 

No caso da conta corrente, as previsões contidas no Focus para 2016 permaneceram indicando déficit de US$ 20,00 bilhões. Há um mês, o rombo projetado estava em US$ 19,00 bilhões. Para 2017, o mercado manteve a estimativa de rombo nas contas externas de US$ 26,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 25,35 bilhões. 

Os dados mais recentes mostram que de janeiro a outubro deste ano o País acumulou um déficit na conta corrente de US$ 16,957 bilhões. Já a projeção do BC para o déficit em conta em 2016 é de US$ 18,0 bilhões. 

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2016 subiu, no Focus, de US$ 66,06 bilhões para US$ 67,16 bilhões de uma semana para a outra, ante US$ 65,00 bilhões de um mês antes. No acumulado deste ano até outubro, o IDP somou US$ 54,905 bilhões e a previsão do BC é de que a cifra chegue a US$ 70,00 bilhões até o fim de 2016. 

Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto, de acordo com o Focus, seguiu em US$ 70,00 bilhões, mesmo valor de quatro semanas antes.

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