Na primeira pesquisa Focus do Banco Central (BC) após a divulgação da ata da reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom), economistas não alteraram as previsões para o IPCA. A pesquisa divulgada na manhã desta segunda-feira (6), pela instituição, mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2017 seguiu em 4,36%. Há um mês, estava em 4,64%. Já a projeção para o IPCA de 2018 permaneceu em 4,50%, número repetido pela 32ª semana consecutiva.
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Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação se aproxime do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018.
Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na semana passada, o Banco Central atualizou suas projeções de inflação. No cenário de mercado - que utiliza câmbio e juros variáveis -, a projeção de 2017 foi de 4,4% para 4,2% e a de 2018 permaneceu em torno de 4,5%. Já o cenário que utiliza câmbio e juros fixos (em R$ 3,10 e 13,00% ao ano) trouxe projeção de 3,8% para 2017 e 3,3% para 2018.
Em sua decisão, o BC reduziu a Selic de 13,00% para 12,25% ao ano, mas deixou a porta aberta, na avaliação dos analistas, para a intensificação dos cortes nos próximos encontros de política monetária.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 também não foi alterada e seguiu em 4,05%. Para 2018, a estimativa permaneceu em 4,24%. Quatro semanas atrás, as expectativas do grupo estava em 4,45% e 4,50%, respectivamente.
Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses subiu ligeiramente, de 4,55% para 4,56% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,70%.
Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para fevereiro de 2017 cedeu marginalmente, de 0,44% para 0,43%. Um mês antes, estava em 0,57%. No caso de março, a previsão de inflação do Focus foi de 0,31% para 0,30%, ante 0,38% de quatro semanas atrás.
Inflação dos preços administrados
A pesquisa divulgada nesta segunda mostrou novo recuo nas projeções para a inflação dos preços administrados. A mediana das previsões do mercado para o aumento do conjunto de preços controlados pelo poder público em 2017 caiu pela segunda semana consecutiva, de 5,61% para 5,50%.
Para 2018, a mediana das estimativas para o conjunto dos preços administrados recuou de 4,65% para 4,60%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,55% em 2017 e elevação de 4,70% em 2018.
Em suas projeções atuais, atualizadas na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC espera alta de 5,8% para os preços administrados em 2017 e avanço de 5,3% em 2018.
Outros índices
O Relatório Focus mostrou, ainda, que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 caiu de 4,62% para 4,56%. Há um mês, estava em 5,10%. Para 2018, a projeção seguiu em 4,68%. Quatro semanas atrás, estava em 4,80%.
Já a previsão para o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, seguiu em 4,79% para 2017. Quatro levantamentos antes estava em 5,20%. No caso de 2018, o índice subiu de 4,58% para 4,67%, ante 4,75% de um mês atrás.
Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 caiu de 4,61% para 4,46% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 4,77%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe permaneceu em 4,50% pela sexta semana consecutiva.