Apesar da queda de 3,6% do PIB brasileiro em 2016, o presidente Michel Temer comemorou nesta terça-feira (7), a melhoria de indicadores econômicos e a queda da inflação e da taxa Selic.
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Em sua fala na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como "Conselhão", Temer disse que a inflação vem recuando em ritmo mais acelerado do que muitos previam e até do que ele mesmo esperava. "No ritmo que estamos, é provável que cheguemos ao fim do ano com inflação inferior à meta de 4,5%", afirmou.
Temer ressaltou que a inflação passou de mais de 10% para fechar 2016 abaixo da meta. "Em janeiro, a alta foi de apenas 0,31%, o que derruba inflação para cerca de 5% em fevereiro", comentou.
O presidente ressaltou ainda os cortes na taxa Selic e disse que a perspectiva é de queda "paulatina e responsável". "Não adianta reduzir juros irresponsavelmente", acrescentou. Temer destacou o esforço do governo para a retomada da confiança e melhoria dos indicadores.
No início de sua fala, Temer ressaltou a "extraordinária" interação entre os Poderes Legislativo e Executivo e disse que todos estão preocupados em "reequacionar" o País. Ele destacou que o "risco Brasil" caiu para 270 pontos.
Participação de mulheres no governo
Na véspera do Dia Internacional das Mulheres, o presidente, que recebeu críticas por reduzir a participação de mulheres à frente dos ministérios no início de seu governo, abriu a reunião listando feitos ao longo de sua carreira pela igualdade de gênero, como a criação da primeira Delegacia da Mulher quando foi secretário de Segurança Pública de São Paulo e da Procuradoria Parlamentar da Mulher quando foi presidente da Câmara dos Deputados.
O presidente também afirmou ter aumentado em 70% o número de mulheres no Conselhão. "A maneira eficaz de comemorar o Dia da Mulher é fazer com que palavras sejam acompanhadas de ações", completou.
Temer afirmou ainda que o propósito do conselho é fomentar o diálogo com a sociedade. "O objetivo fundamental é o crescimento com combate ao desemprego. Queremos colocar o País nos trilhos para que quem venha depois possa conduzir a locomotiva com trilhos ajustados", afirmou o presidente.
