Cinquenta e oito por cento dos brasileiros são contra a Reforma Trabalhista proposta pelo governo de Michel Temer, enquanto 43% desconhecem as mudanças defendidas pelo governo federal. Os dados fazem parte da Pesquisa Pulso, realizada pela Ispos, empresa de pesquisa de mercado presente em outros 87 países. A rejeição às mudanças é maior entre os entrevistados mais escolarizados, chegando a 64% entre os que têm curso superior.
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Sobre o conteúdo da reforma, ao serem perguntados sobre os pontos discutidos, 61% das pessoas mencionaram a terceirização do trabalho; 54% falaram que haverá alterações no FGTS; 53% disseram que haverá mudanças no 13° salário; e 49% falaram que o seguro desemprego será modificado. A pesquisa também apurou que algumas mudanças são vistas negativamente, como o FGTS (72%), parcelamento das férias (72%), terceirização do trabalho (68%) e seguro desemprego (64%).
A pesquisa identificou que 56% das pessoas entrevistadas já ouviram falar da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e 58% delas defendem que as leis não precisam ser modificadas. Outros 23% acham que as leis precisam ser alteradas e 29% não souberam dar uma opinião.
Sobre os benefícios provocados pela reforma, 66% afirmou que os políticos serão os mais beneficiados com as mudanças. Por outro lado, 77% acredita que os mais prejudicados serão as empregadas domésticas e a população mais pobre.
DESEMPREGO
A pesquisa identificou que 88% dos entrevistados foram prejudicados direta ou indiretamente pelo desemprego ao longo dos últimos 24 meses, sendo que 14% se consideram afetados diretamente. Dentro desse último número, 18% tem ensino médio completo e 15% pertencem à Classe C.
Para a pesquisa, a Ipsos entrevistou 1.200 pessoas entre os dias 1 e 12 de abril em 72 municípios brasileiros. A empresa considera uma margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados.