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IBGE: peso de alguns itens do IPCA pode mudar após nova POF

Alguns itens do IPCA podem perder peso, enquanto outros podem ganhar mais relevância

Estadão Conteúdo
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Publicado em 06/06/2017 às 17:45
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Alguns itens do IPCA podem perder peso, enquanto outros podem ganhar mais relevância - FOTO: Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Roberto Olinto, afirmou que a nova Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) vai atualizar os padrões de consumo das famílias brasileiras, influenciando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A declaração foi dada em coletiva com jornalistas na sede do IBGE em São Paulo nesta terça-feira (6).

Olinto explicou que, depois da POF, alguns itens do IPCA podem perder peso, enquanto outros podem ganhar mais relevância. O levantamento com as famílias vai começar ainda este mês e dura um ano. Ele não adiantou mais informações sobre a nova POF, que deverão ser divulgadas em coletiva específica sobre o assunto.

Outro levantamento que será iniciado este ano é o Censo Agropecuário, que será inteiramente digital. A coleta terá início em outubro e pode durar cinco meses.

Olinto adiantou ainda que haverá atualização na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), nos moldes da que ocorreu nos levantamentos de varejo e de serviços, no segundo semestre. Ele, porém, não deu mais detalhes.

Essas atualizações estão em linha, segundo o novo presidente do IBGE, com a sua estratégia de gestão. "A ideia principal da minha gestão é modernizar processos de produção de pesquisa."

Olinto afirmou que quer propor uma integração com outros institutos de estatística com o objetivo de integrar informações e aumentar a eficiência, como já ocorre em outros países. "A diretriz pode mudar, mas a lógica do IBGE não muda. Ela é pautada pelo padrão de agilidade, que sempre foi a linha do instituto", diz ao comentar a transição com o ex-presidente Paulo Rabello.

"Como presidente, nunca vou me posicionar sobre nada que não seja missão do IBGE", acrescentou, referindo-se à possibilidade de o IBGE fazer comentários qualitativos sobre os dados divulgados.

Alvo de muitas perguntas sobre as atualizações nas pesquisas de varejo e serviços realizadas no início deste ano, o presidente do IBGE destacou, assim como o instituto já vinha se pronunciando, que algumas críticas feitas à atualização das pesquisas de varejo e de serviços são "levianas". "Criou-se uma discussão exagerada sobre as mudanças, que foram feitas visando a melhoria das pesquisas."

Segundo ele, em indireta referência às críticas em relação ao momento das revisões, a lógica das atualizações estatísticas é divulgá-las assim que os dados estejam em mãos para melhor informar a sociedade, independentemente se o anúncio será feito em um momento de crise ou não. "Não guardamos dados, isso seria antiético", finalizou.

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