Recuperação

Banco Central diz que reformas são fundamentais para retomada da economia

Posicionamento foi realizado por meio de ata do Copom nesta segunda-feira (1)

Do Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 01/08/2017 às 9:53
Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
Posicionamento foi realizado por meio de ata do Copom nesta segunda-feira (1) - FOTO: Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
Leitura:

A incerteza sobre o ritmo das reformas parece ser o principal risco em torno do cenário básico para a inflação. A avaliação consta da mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na manhã desta terça-feira, dia 1º, pelo Banco Central. "A incerteza sobre a velocidade do processo de reformas e ajustes na economia principalmente das fiscais e creditícias permanece como fator de risco principal", cita o documento.

A ata do BC não menciona, mas, na agenda de reformas do governo, a da Previdência gerará forte impacto no resultado fiscal com melhoria das contas públicas no longo prazo.

Já a mudança da Taxa de Longo Prazo (TLP) - em substituição à Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP) - é considerada uma importante mudança no mercado de crédito, o que melhoraria a potência da política monetária. Apesar disso, a reforma da Previdência tem patinado no Congresso e a TLP tem sido alvo de críticas dentro do próprio governo. 

Ainda sobre os riscos, o Copom cita que o quadro externo continua favorável no momento, mas permanecem riscos sobre o processo de normalização da política monetária nos Estados Unidos, mudanças da política econômica em grandes economias e, nesse ambiente, a possível redução do apetite ao risco por ativos de mercados emergentes. 

O BC também repete a avaliação de que a retomada da economia pode "ser mais ou menos demorada e gradual do que a antecipada". Para o grupo, o processo de estabilização da economia brasileira parece ter se consolidado. "Avaliaram também que, apesar de uma recuperação gradual ser o mais provável, o ritmo de retomada da atividade econômica ainda permanece incerto", cita o documento.

RISCO DE DESINFLAÇÃO

O Copom comenta ainda sobre um risco que pressiona a inflação ainda mais para baixo. No parágrafo 11, os membros do BC citam que acentuada desinflação dos preços de alimentos e de preços industriais "pode ter efeitos secundários isto é, além do impacto direto na inflação". 

"Notadamente, essa desinflação pode contribuir para quedas adicionais das expectativas de inflação e da inflação em outros setores da economia", cita o trecho dentro do item "riscos em torno do cenário básico para a inflação".

Últimas notícias