EDUCAÇÃO

Pesquisa pretende identificar falhas que alteram o aprendizado

Sérá feita uma pesquisa de consciência fonológica em parceria com a Universidade Johns Hopkins

Ângela Fernanda Belfort
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Ângela Fernanda Belfort
Publicado em 25/06/2017 às 11:57
Foto: Guga Mattos
Sérá feita uma pesquisa de consciência fonológica em parceria com a Universidade Johns Hopkins - FOTO: Foto: Guga Mattos
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O empresário Américo Amorim começa mais uma empreitada: uma pesquisa que vai indicar como está a consciência fonológica em crianças com quatro e cinco anos de idade na Região Metropolitana do Recife. Consciência fonológica é a capacidade de segmentar, de forma consciente, as palavras em unidades menores como sílabas ou fonemas. Mas o que a economia tem a ver com isso? Um dos problemas da baixa produtividade no País é a limitação da capacidade de aprendizado, incluindo de muitos que frequentaram a escola formal. “Existe uma relação cientificamente comprovada entre o ensino da consciência fonológica e o sucesso do estudante no processo de alfabetização”, diz Américo, que também é diretor da empresa Escribo, especializada em livros didáticos digitais.

A pesquisa terá um custo total de R$ 507 mil, incluindo recursos da Universidade Johns Hopkins, – uma das instituições mais renomadas dos Estados Unidos, e que tem somente 36 pesquisadores que receberam o Prêmio Nobel. A iniciativa também recebeu um apoio de R$ 257 mil da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe). O levantamento vai analisar 11 habilidades das crianças na área da consciência fonológica, indicando o que está bem e o que pode ser melhorado.

Os testes que os pequenos vão responder terá um formato de jogo digital, gerando estatísticas que vão compor um perfil de como está a consciência fonológica de cada estudante. O estudo deve ser feito com cerca de 400 alunos de 15 escolas. Os colégios interessados em participar da iniciativa podem entrar em contato com os pesquisadores pelo https://early.jhu.edu/

INÍCIO

As entrevistas com os estudantes devem começar em agosto. As escolas participantes vão receber relatórios com a avaliação de todas as crianças e a média com relação às outras escolas, que não serão identificadas pelo nome.
“É o maior estudo de consciência fonológica do Brasil, envolvendo tecnologia, tratando educação com base em evidência cientifica”, explica Américo, acrescentando que nos Estados Unidos só é introduzido no mundo da escola produtos e métodos que tenham a sua comprovação científica validada por vários estudos.A pesquisa feita localmente será a base para a tese de doutorado que Américo está fazendo na Universidade Johns Hopkins – que colocou dois pesquisadores para ajudar no levantamento dos dados.

 

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