HEMODERIVADOS

''Fábrica da Hemobras no Estado seria inviabilizada'', diz Robalinho

Ex-secretário de Saúde do Estado, Guilheme Robalinho, deu entrevista à Rádio Jornal

JC Online
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Publicado em 08/08/2017 às 10:31
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Ex-secretário de Saúde do Estado, Guilheme Robalinho, deu entrevista à Rádio Jornal - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
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A produção do fator VIII recombinante, produto de alto valor agregado, no Paraná, iria inviabilizar a Hemobras em Pernambuco. A afirmação é do ex-secretário estadual de Saúde do Estado, Guilherme Robalinho, sobre a proposta do ministro da Saúde, Ricardo Barros, de implantar fábrica de produção do hemoderivado no Sul do País, em vez de no Estado, como diz o projeto original. O médico deu entrevista à Rádio Jornal nesta terça-feira (8). 

"Se Pernambuco não produzir o fator VIII recombinante, isso vai inviabilizar nossa Hemobras. Inviabiliza o desenvolvimento do polo de biotecnologia em Pernambuco", comenta Robalinho.

A história da Hemobrás no Estado é marcada por denúncias de corrupção. Isso atrasou a construção da planta, que começou em 2010 e hoje chegou ao patamar de 70% de obras prontas. Após início da investigação do Tribunal de Contas da União por irregularidades na construção da fábrica em Goiana, na Zona da Mata do Estado, Robalinho afirma que houve paralisação para esclarecer os possíveis equívocos ocorridos.

"Eu espero que essa mobilização agora, talvez um pouco tardia, vá em frente e consigamos reverter essa situação profundamente desagradável", complementa o ex-secretário.

A Hemobras analisa, agora, duas propostas. Uma, da Octapharma, prevê a construção de uma fábrica no Paraná por U$ 200 milhões para produção do fator VIII recombinante. Pernambuco receberia U$ 250 milhões para finalização de planta para fracionamento de plasma. Já a Shire quer investir U$ 250 milhões para finalizar a planta no Estado.

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