Suape 40 anos

Grão, minérios, combustíveis e Tecon 2 nos planos de Suape

Chegada de novos investimentos depende da volta da autonomia para realizar licitações

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 09/11/2018 às 12:38
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Chegada de novos investimentos depende da volta da autonomia para realizar licitações - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Os planos do Complexo de Suape para o futuro incluem o setor de energia, o desenvolvimento de um polo de produtos farmacêuticos, a licitação de novos terminais, a ampliação do parque de combustíveis e a diversificação da movimentação de grãos vegetais. Se forem concretizados, os novos empreendimentos vão totalizar R$ 6,5 bilhões. A alavancagem do porto depende da volta da autonomia para que os governos estaduais possam licitar os investimentos e deixar para trás um processo de estagnação que perdura há 5 anos.

“Durante a campanha, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sugeriu que ia diminuir a presença do Estado quando falou num País ‘mais Brasil e menos Brasília’. Ainda não sabemos como isso vai funcionar, mas a expectativa é que haja uma descentralização e que os Estados possam se beneficiar com a volta da autonomia”, acredita o consultor da Agência Portos, Ivam Jardim Arienti. Desde 2013, quando passou a vigorar a nova Lei dos Portos, a licitação do segundo terminal de contêineres foi freada. No ano passado, o projeto entrou no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), com a inclusão do Tecon 2 e do Pátio de Veículos. Em setembro foi realizada a audiência pública para dar andamento ao processo e a previsão é de que a licitação saia em 2019.

GRÃOS

Outro projeto contemplado pelo PPI foi Agrovia do Nordeste, que recebeu autorização para movimentar outros grãos, além de açúcar ensacado. Instalada no Cais 5 de Suape desde o final de 2016, a empresa mantém um grande armazém com capacidade para 35 mil toneladas, mas atualmente opera 22 mil toneladas. “Com a autorização, vamos investir R$ 79 milhões para quadruplicar nossa capacidade de armazenamento. Para isso vamos construir cinco silos. Nossa expectativa é atrair cargas como milho, arroz, malte, cevada, soja não transgênica e outros grãos”, aposta o presidente da empresa, João Gualberto Chaves.

A perspectiva é atender a vários setores, incluindo a avicultura local. Atualmente, Pernambuco é o quarto maior produtor de ovos do Brasil, mas depende da importação de milho do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e também da Argentina para alimentar os animais. “Esse é um dos setores que queremos atender, mas existem outros, como as cervejarias, por exemplo”, diz. O terminal de grãos também se beneficiaria se o projeto da Transnordestina saísse do papel e trouxesse as commodities em grandes volumes para serem exportadas pelo terminal.

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