A França está de volta à final da Copa do Mundo depois de 12 anos de ausência - última vez havia sido em 2006, contra a Itália, quando ficou com o vice. Contudo, as comparações feitas com o atual grupo francês não remetem ao do Mundial disputado na Alemanha. E sim a outro, de 1998, vencido pelos Blues, dentro de casa. Há 20 anos, por exemplo, o hoje técnico Didier Deschamps vestia a camisa 7 da equipe comandada por Aimé Jacquet. E esta não é única semelhança.
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A final disputada no Stade de France, na cidade francesa de Saint-Denis, completou 20 anos justamente nesta quinta-feira (12/07). Deschamps atuou em seis dos sete jogos da França em 1998. Incluindo na final, contra o Brasil, vencida por 3x0.
Tanto a equipe de Jacquet, quanto a de Deschamps, são caracterizadas pela qualidade do seu camisa 10. O líder técnico em 1998 era Zinedine Zidane, que marcou seus únicos dois gols na competição contra a seleção brasileira, na final. Agora, em 2018, o craque da equipe é o jovem Mbappé, de 19 anos. O atacante do Paris Saint-Germain balançou as redes em três oportunidades na Rússia.
Mbappé se encaixa ainda em outro ponto semelhante entre as duas gerações. O jogador é o garoto prodígio deste ano. Em 1998, eram Thierry Henry e David Trezeguet, ambos com 20 anos na época. O primeiro, inclusive, é o maior artilheiro da seleção francesa, com 51 gols.
Dois mil e dezoito também tem um atacante francês, no mínimo, questionável. Olivier Giroud era para ser o comandante do ataque dos Blues na Rússia. Mas, em seis jogos, não marcou nenhum gol. Mesma situação do atleta que foi dono da camisa 9 há 20 anos. Guivarc'h passou em branco nas seis vezes que entrou em campo e acabou ajudado pela eficiências dos seus companheiros (Henry marcou três e Petit outros dois).
Outras coisas parecem permanecer idênticas, mesmo com o intervalo de 20 anos entre as duas gerações. Como a solidez do sistema defensivo francês. Se em 1998 o técnico Aimé Jacquet contava com Marcel Desailly e Laurent Blanc formando a dupla de zaga, protegidos pelos volantes Christian Karembeu, Didier Deschamps e Emmanuel Petit, agora é a vez de Kanté e Paul Pogba protegerem a defesa, formada por Raphaël Varane e Samuel Umtiti.
LATERAL IMPROVISADO
Por fim, outro ponto que pode ser elencado como semelhança é a posição de lateral-direito. E, em ambas as situações, um zagueiro foi improvisado no setor e acabou dando certo. Primeiro foi Lilian Thuram, utilizado na posição por Aimé Jacquet em 1998. Agora é a vez de Pavard assumir o posto.
Mesmo 20 anos depois, é notório que a França preservou o seu estilo, mas também não limitou a sua inovação. Mantém uma forma de jogar parecida, com atletas mais técnicos. Mesmo assim conseguiu inovar e, mais do que isso, soube renovar sua seleção em busca do bi da Copa do Mundo, agora na Rússia.
