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Investigação aponta relação entre bancos, futebol e propina

Caso surgiu em 2015 e aponta 150 bancos envolvidos no escândalo de futebol

JC Online
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Publicado em 24/03/2017 às 8:31
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Caso surgiu em 2015 e aponta 150 bancos envolvidos no escândalo de futebol - FOTO: Divulgação
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As autoridades da Suíça e dos Estados Unidos investigam a participação de grandes bancos no escândalo de corrupção no futebol e na Fifa. Em seu informe financeiro anual publicado nesta sexta-feira, o Credit Suisse admitiu que foi interrogado por investigadores de ambos os lados do Atlântico sobre seu envolvimento no caso que eclodiu em 2015 e indiciou 41 dirigentes esportivos, entre eles os três últimos presidentes da CBF.

"As autoridades suíças e dos EUA estão investigando se múltiplas instituições financeiras, incluindo o Credit Suisse, permitiram o processamento de transações suspeitas ou impróprias, ou fracassaram em cumprir regras de combate à lavagem de dinheiro com relação a certas pessoas e entidades associadas à Fifa", admitiu o banco em seu informe publicado em Zurique.

O banco garante que está "cooperando" com a investigação. Mas revela que o processo se refere a "várias instituições financeiras". A instituição também confirmou que recebeu pedidos de esclarecimento por parte das autoridades americanas e suíças em função das "relações bancárias com certos indivíduos e entidades associadas à Fifa". O Credit Suisse, porém, aponta que o questionamento não se refere apenas ao primeiro grupo de cartolas indiciados, em maio de 2015.

150 BANCOS

No total, o esquema de corrupção investigado pelo FBI e revelado em 2015 envolveu mais de 150 bancos, inclusive entidades como o Banco do Brasil com sua sede no Paraguai.

Em 2016, o FBI ainda detectou contas secretas controladas por pessoas próximas a Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, na Suíça e pediu oficialmente para a Justiça de Berna que repasse aos EUA os detalhes das movimentações, extratos bancários e até mesmo pessoas que poderiam ter sido beneficiadas com o valor.

 

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